| 24/04/2008 14h45min
O presidente da China, Hu Jintao, lamentou ao presidente do Senado da França, Christian Poncelet, os incidentes ocorridos durante a passagem da tocha olímpica por Paris, no último dia 7, ao receber uma visita de uma comitiva do país europeu.
– Uma série de atos pouco amistosos contra os chineses ocorreu na França recentemente, especificamente a interrupção da passagem da tocha olímpica em Paris. Estes incidentes ferem os sentimentos dos chineses. Isto é o que não queremos ver – comentou Hu.
Também participaria do encontro entre os políticos dos dois países o primeiro-ministro da França, Jean-Pierre Raffarin, portador de uma mensagem do presidente Nicolas Sarkozy.
A porta-voz de turno do Ministério de Assuntos Exteriores, Jiang Yu, disse antes do encontro que Raffarin é “um velho amigo da China”, e que sua visita era de grande importância.
A visita de Poncelet e Raffarin tem como objetivo reduzir a tensão nas relações entre França e China. Na capital francesa, grupos de apoio a causa do Tibete conseguiram apagar a chama olímpica como protesto.
Por causa da repressão do governo da China aos protestos no Tibete, o presidente francês Sarkozy passou a não confirmar se participaria da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, no dia 8 de agosto.
Em resposta à situação, os chineses realizaram protestos diante das lojas da rede francesa de supermercados Carrefour no país, além de acusar a imprensa estrangeira de distorcer as revoltas no Tibete.
Como as autoridades chinesas mantêm fechada a região, é impossível comparar os dados fornecidos pela China (20 mortos pelas mãos de tibetanos) com o dos ativistas no exílio (mais de 100 vítimas do exército chinês).
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