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 | 30/03/2008 21h25min

Restrição a camisas de clubes causa confusão no clássico

Cor azul não foi vista na primeira vitória avaiana no Estadual em 20 anos

Diogo D'ávila  |  diogo.davila@diario.com.br

A restrição imposta pela Polícia Militar e a Federação Catarinense de Futebol que impedia ao torcedor avaiano vestir roupas de qualquer tonalidade da cor azul ou camisetas de time de futebol não foi suficiente para evitar distúrbios antes do início da partida. Por volta das 15h, o Grupo de Resgate ao Trauma (GRT) entrou em confronto com os torcedores avaianos. Três pessoas foram detidas e levadas para a Justiça Presente, localizada dentro do Estádio Orlando Scarpelli.

Antes do ocorrido, torcedores do Avaí e do Figueirense trocaram provocações em frente ao portão 16, que é a entrada para o setor E, destinado à torcida visitante. Foi preciso que o GRT reforçasse o policiamento da área.

Diferentemente de outros clássicos, em vez do contraste entre as cor azul e o preto e branco, o que se via, neste domingo, ao redor do Estádio Orlando Scarpelli, era um predomínio de cores preto e branco. Pela primeira vez, em 84 anos de clássico, uma torcida foi proibida de vestir a camisa de seu time e muito menos uma roupa com qualquer tonalidade de azul.

A Polícia Militar e a FCF seguiram a resolução nº 12, que determinava a proibição do torcedor entrar no estádio com bandeiras de futebol e camisas da equipe visitante. O documento foi elaborado com a intenção de diminuir a violência nos estádios de futebol. 

Uma das pessoas revoltadas com a medida era o representante comercial Jailson Fabro, de 36 anos, que levava o filho Juliano, de nove anos, que iria assistir primeira vez ao clássico. Ele não pôde entrar no estádio, pois Juliano estava com uma camiseta do Real Madri.

— É um absurdo eu ter que entrar sem camiseta para assistir à partida. Agora terei que arrumar uma camisa para ele — desabafava.

 
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