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 | 29/03/2008 20h15min

Ídolos se encontram em mais um clássico

Albeneir e Adilson Heleno fizeram história no Figueira e Avaí

Maurício Frighetto  |  mauricio.frighetto@diario.com.br

Na sua escolinha de futebol, no Bairro Estreito, em Florianópolis, Adílson Heleno, 45 anos, prepara um café.

— Olha só o que faço pelo meu ídolo — diz.

Ao receber a bebida da qual é fanático, Albeneir, de 50 anos, devolve:

— Ele é que é meu ídolo.

A troca de elogios de Adílson e Albeneir, maiores ídolo azurra e alvinegro, respectivamente, servem de exemplo para que o clássico deste domingo seja disputado de forma real. E os dois concordam: os jogadores devem entraram em campo com a cabeça tranqüila e o coração fervendo.

Albeneir e Adílson já jogaram o maior clássico de Santa Catarina. Defenderam, inclusive, as duas camisetas.
 
— Os jogadores têm que entrar com a cabeça fria, mas com o coração fervendo. Já disputei clássico tanto pelo Avaí quanto pelo Figueirense, e eu sentia uma emoção muito grande por parte dos jogadores da época. O que eu espero neste clássico, tanto do Avaí quanto do Figueirense, é que eles entrem com tranqüilidade, que não tenha violência. Tem que colocar o coração no bico da chuteira, mas não ser desleal — afirma Adílson.

Palavras referendadas por Albeneir. O ídolo alvinegro cita que os dois jogadores já enfrentaram públicos de 30 e até 50 mil pessoas, mas o clássico, mesmo com um público menor, tem uma emoção diferente.
 
— O clássico é diferente, é da terra. O clássico tem alguma coisa, uma magia nas duas torcidas, nas camisas. Tem alguma coisa de magia, de estupendo. Por isso, tanto Avaí quanto Figueirense podem estar mal, mas, mesmo assim, não tem favorito. Tem que existir respeito pelos dois lados, coração quente, cabeça fria.

Ídolos ficaram no Estado

A amizade de Adílson e Albeneir cresceu em 1992, quando os dois jogaram juntos no Avaí e dividiam o quarto durante as concentrações. Outro fator semelhante na carreira deles é que nasceram em outras cidades e acabaram, praticamente, "naturalizando-se" em Santa Catarina. 

— Não digo que foi só por causa do Avaí, mas aquela conquista de 1988, o carinho do torcedor, o respeito. Aqui também joguei no Criciúma, Tubarão e Figueirense, o respeito que as pessoas têm comigo fez com que eu ficasse por aqui. E hoje me considero catarinense — diz Adílson.

Albeneir acha que a química com o torcedor alvinegro aconteceu desde o começo. Ele fazia gols, e a torcida do Figueirense o incentivava com aplausos.

— Ao mesmo tempo de uma adoração, havia a raiva, e isso motivou os dois lados. Eu fui gostando daqui, a química foi ficando mais forte e foi o clube que eu fiquei mais tempo — fala Albeneir.

 
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