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 | 17/03/2008 13h04min

Cruz Vermelha alerta sobre condição precária no Iraque

Entidade estima que algumas famílias gastam um terço da renda mensal em água

Cinco anos depois da invasão liderada pelos Estados Unidos para derrubar o regime de Saddam Hussein, muito iraquianos vivem hoje sem os serviços básicos de saúde, saneamento básico e água potável. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira em Genebra pela Cruz Vermelha Internacional. Segundo a organização, a situação humanitária no Iraque está entre as piores do mundo. A Cruz Vermelha notou que o atual conflito aprofundou o impacto das guerras anteriores e de anos de sanções internacionais que já pioravam bastante as condições de vida no país.

Os hospitais iraquianos sofrem com a falta de pessoal qualificado e de medicamentos básicos. Além disso, as instalações não são mantidas da forma adequada, segundo a Cruz Vermelha. Os hospitais públicos do país possuem 30 mil leitos, menos da metade dos 80 mil necessários.

A Cruz Vermelha informou ainda que funcionários iraquianos estimam que mais de 2.200 médicos e enfermeiras foram mortos e mais de 250 seqüestrados deste 2003.

Segundo a entidade, os suprimentos de água do país também se deterioraram no último ano, provocando escassez e forçando milhões a depender de água de má qualidade. Atualmente, as famílias com apenas um integrante que trabalha gastam um terço de sua renda mensal apenas em água, segundo a Cruz Vermelha.

Segundo a entidade, a segurança melhorou em algumas partes do Iraque. Porém é preciso mais atenção às necessidades básicas da população, para se evitar que a situação humanitária fique ainda pior.

Agência Estado
 
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