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 | 22/02/2008 10h17min

Estudo aponta risco de expansão da febre amarela

Mosquito presente na área urbana pode servir de ponte para a transmissão do vírus

Estudo financiado pelo Ministério da Saúde alerta para uma “ameaça potencial à expansão territorial do vírus da febre amarela silvestre” no país, “com conseqüências imprevisíveis para a saúde pública”. Segundo o trabalho, publicado na edição de janeiro de revista do Sistema Único de Saúde (SUS), a presença do mosquito Aedes albopictus em áreas de circulação do vírus da febre amarela traz risco de ressurgimento da forma urbana da doença, uma vez que o inseto consegue viver nas matas e nas cidades. Isto é, poderia ser a ponte para que o vírus, que hoje circula apenas em matas, passe a transitar também em áreas urbanas.

Um dos autores do estudo, Almério de Castro Gomes, destacou que ainda não foi comprovado o envolvimento do Aedes albopictus em casos da doença entre humanos. No entanto, afirma, o trabalho alerta para que a vigilância de focos do A. albopictus seja adotada como ação preventiva contra a expansão da doença, nos moldes da vigilância feita hoje sobre seu “parente”, o Aedes aegypti, transmissor da dengue.

— Corremos um sério risco. Todos os testes mostram que este mosquito é suscetível ao vírus da febre amarela. Se ele é suscetível, e transita em área onde há circulação do vírus, pode fazer a ponte deste e de outros vírus silvestres para as áreas urbanas — afirma Gomes, ligado ao Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Segundo informações do Ministério da Saúde, até quinta-feira, foram confirmados 31 casos da febre amarela no país, sendo que 16 pessoas morreram em decorrência da doença.

Agência Estado
 
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