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 | 19/02/2008 10h16min

Comissão Européia renova oferta de diálogo político com Cuba

Líderes são unânimes em pedido de transição democrática

A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, reiterou nesta terça-feira sua oferta de iniciar um "diálogo político construtivo" para a democratização de Cuba. Depois de 49 anos no poder em Cuba, o líder Fidel Castro assegurou no jornal oficial Gramma que não retomará os cargos de presidente do Conselho de Estado e comandante-em-chefe do país, delegados ano passado a seu irmão, Raúl.

O comissário europeu de Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Louis Michel, deve viajar a Cuba nos dias 6 e 7 março. Como a agenda da viagem ainda está em preparação, não está confirmado se haverá reunião com Fidel.

Um porta-voz de Michel informou que a viagem servirá para debater a "posição comum da UE", aprovada em 1996 e renovada periodicamente — a última vez em 2007. O objetivo do documento é "estimular um processo pacífico de transição rumo à democracia, o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, assim como a recuperação econômica e a melhora do nível de vida do povo cubano".

Líderes são unânimes

Primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown:
"Há agora uma oportunidade para fazer progressos para uma transição pacífica e uma democracia pluralista", mas "estes são assuntos que competem à população cubana".

Secretário de Estado de Exteriores da Itália para a América Latina, Donato Di Santo:
Pediu para as autoridades cubanas iniciarem "uma transição democrática" no país. Qualificou a decisão do líder cubano como um gesto "importante, nobre e esperado, tanto dentro como fora da Ilha".

Secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, Jean-Pierre Jouyet
"Não podemos fazer mais do que desejar que esse país siga pelo caminho da democracia". Segundo Jouyet, Castro "não entendeu as evoluções do mundo nos anos 70 e 80, como também não entendeu a queda do Muro de Berlim e o desmoronamento da União Soviética".

Secretária de Estado espanhola para a Região Ibero-Americana, Trinidad Jiménez:
"O fato de que renuncie formalmente à presidência pode marcar o início de um momento no qual (Raúl) poderá assumir com maior capacidade, solidez e confiança esse processo de reformas do qual ele mesmo já falou, e que agora pode começar a se materializar".

EFE
 
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