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 | 15/02/2008 01h12min

Direção considerava Mancini muito passivo

Paulo Pelaipe teria dito que faltaria espírito de garra ao treinador

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Ao ser comunicado de sua demissão por volta das 20h55min desta quinta-feira, Vagner Mancini, 41 anos, recebeu como justificativa o fato de que seu trabalho, avaliado desde o início pela direção, era insatisfatório.

Anunciado dia 29 de novembro passado para o lugar de Mano Menezes, Mancini resistiu menos de três meses no cargo de técnico do Grêmio. Celso Roth deverá ser o substituto. Domingo, Julinho Camargo, técnico da equipe júnior, comandará a equipe contra a Ulbra, em Canoas. A direção também disse cogitar os nomes de Tite e Mário Sérgio para assumir a equipe.

Mancini, que recém havia chegado em casa, logo após o desembarque de Cuiabá, foi comunicado de sua demissão pelo diretor-executivo Rodrigo Caetano. Menos de uma hora antes, o agora ex-técnico do Grêmio dizia desconhecer as críticas ao time feitas na véspera pelo diretor de futebol, Paulo Pelaipe.

— Futebol não é matemática, em que dois mais dois são quatro — argumentou Mancini, pedindo desculpas por não poder conceder entrevistas fora dos dias marcados — terça e sexta-feira.

Também lembrou que as explicações para o desempenho irregular da equipe se deviam ao fato de ela estar sendo remontada. Ao deixar o Salgado Filho, anunciou que comandaria treinos nesta sexta-feira. Mancini deixa o cargo invicto. Em seis jogos no Gauchão e na Copa do Brasil, obteve quatro vitórias e dois empates. Também deixa o clube o auxiliar técnico Armando Bracalli.

— Nós conversamos, analisamos o trabalho, achamos o Vagner uma excelente pessoa, excelente caráter, uma figura humana maravilhosa, mas achamos que deveríamos tomar essa decisão — disse Paulo Pelaipe, que comemorou ontem à noite em Atlântida seu aniversário de 57 anos.

O dia do dirigente teve início cedo. Depois de não conseguir dormir, abatido com a má atuação em Cuiabá, Pelaipe embarcou às 5h para Porto Alegre. Pela manhã, reuniu-se com o presidente Paulo Odone, a quem explicou as razões que o levavam a pensar na troca de treinador. Com o aval de Odone, tomou sua decisão. A amigos, Pelaipe também explicou que considerava o estilo de Mancini muito passivo. Faltaria ao treinador o espírito de garra.

Celso Roth, que já trabalhou no Grêmio em 1998 e 2000, deverá ser apresentado na segunda-feira. Em princípio, o preparador físico Flávio de Oliveira continuará no cargo. É provável, contudo, que seja substituído pelo preparador físico Humberto Ferreira.

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