| 14/01/2008 05h06min
O Inter viveu dias de glória no Oriente Médio. Inflou-se de orgulho justificado ao conquistar a Copa Dubai. Ganhou repercussão na Europa ao derrotar a poderosa Internazionale. Viu os árabes, por conta disso, decidirem na última hora transmitir o amistoso de sábado, contra o Al Jazira, ao vivo para todo o país. Mas na reta final da pré-temporada no deserto, os jogadores desataram a falar sabe do quê? De Gauchão.
Isso mesmo. Assim do nada, entre uma e outra entrevista, surge o Gauchão. E não de passagem, só para constar. Nada disso. Falam com entusiasmo, entram em detalhes, se interessam pelo assunto, dão respostas longas sobre a estréia contra o Inter-SM, no dia 20.
Dia destes, Fernandão perguntou aos jornalistas como é a temperatura em Santa Maria, se muito quente ou não. Havia recém recebido a notícia do calorão de quase 38ºC que cozinhou Porto Alegre na semana passada.
— Já passei muito calor em Campo Bom e Novo Hamburgo. E Santa Maria, como é? —
perguntou Fernandão, sentado numa
cadeira à beira de um dos campos suplementares do Al Jazira.
Ontem, Fernandão surpreendeu — já de posse da informação de que Santa Maria é um caldeirão nesta época do ano. Disse que está errado tratar a Copa do Brasil como mais importante do que o Gauchão.
— Um é mata-mata, o outro não. Dá para se preocupar com a Copa do Brasil na semana de cada jogo — explicou.
Em seguida, mostrando que já incorporou de vez a rivalidade Gre-Nal, completou:
— Além do mais, já são dois anos sem ganhar. Não podemos deixar o Grêmio ser campeão de novo.
Saiu assim, com a naturalidade de quem vê como obrigação impedir o tri do Grêmio. E o que Fernandão diz é lei no Beira-Rio tanto quanto as vontades dos xeques nos Emirados Árabes. Prova disso é Renan, seu parceiro de quarto no hotel. O goleiro vai no mesmo embalo:
— Não vejo a hora de estrear no Gauchão de uma vez. Temos que largar bem, para não repetir 2007. Sem
falar que nossa responsabilidade aumentou depois desta pré-temporada.
As abordagens são variadas, como se vê. Mostram que os jogadores refletem sobre a retomada da hegemonia estadual mesmo longe de casa e ainda degustando o prazer de derrotar a Inter, de Milão, na Copa Dubai.
— Basta ver como o clube está encarando o campeonato. No ano passado, o Inter foi com o time B. Agora, vamos com os titulares. Então, é para ganhar, né? — completou Iarley, com o sotaque cearense que lhe é peculiar.
Como se vê, mesmo depois de ser campeão do mundo e do sucesso da pré-temporada nos Emirados Árabes, o Inter quer mesmo é sentir de novo o gosto de mandar no seu próprio campinho.
Após sucesso na pré-temporada árabe, atletas agora projetam conquista do regional
Foto:
Alexandre Lops
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Inter
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