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 | 12/12/2007 09h20min

CBT quita dívidas, mas encerra 2007 no vermelho

Entidade do tênis brasileiro herdou dívida de R$ 5 milhões

A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) promoveu ao longo do ano de 2007 uma série inovações, criando competições interclubes e universitárias, construindo centros de treinamento e sede para seniors no Centro-oeste e fechando parcerias. Mas as melhoras feitas pela entidade não impediram que as contas da temporada fossem fechadas no vermelho.

A razão para que o saldo da CBT seja negativo provém da herança deixada pela antiga administração: uma dívida de aproximadamente R$ 5 milhões (R$ 4,95 mi, mais exatamente). O presidente Jorge Lacerda garante que 70% do valor já foi quitado pela confederação, mas ainda há algumas pendências judiciais, que juntas somam R$ 1,55 milhão.

– Assumimos com várias ações contra a CBT, mas já liquidamos oito deixadas pela antiga gestão e a situação está bem mais tranqüila – comentou Lacerda, na prestação de contas da entidade realizada nesta terça-feira.

– Devemos bastante coisa do passado, mas aos poucos estamos conseguindo normalizar a situação – completou.

Uma das vitórias judiciais mais importantes foi conquistada recentemente, em segunda instância.

– Conseguimos nos livrar de uma causa em que o antigo tesoureiro assinou um contrato de R$ 330 mil após a saída do antigo presidente (Nelson Nastás) e conseguimos comprovar que esse vínculo foi forjado. Foi algo importante ratificado a nosso favor – prosseguiu o mandatário.

Ano das novidades

O ano foi comemorado pela CBT, que recebeu R$ 1,2 milhões do Comitê Olímpico Brasileiro por meio da Lei Agnelo-Piva. Dessa quantia, R$ 100 mil foram disponibilizados aos dez melhores tenistas do país por meio do projeto ‘Equipe Top 10’, como ajuda de custo para viagens. Apesar de alguns problemas, também de ordem burocrática, a medida deverá continuar em 2008.

Outro ponto comemorado por Lacerda foi o corte de alguns gastos. Dentre eles, destaca-se a mudança da sede da CBT, antes em uma propriedade alugada no bairro do Pacaembu, em São Paulo, mas que até o final desta semana deverá ser o Clube de Regatas do Tietê.

– Lá, teremos um contrato de dois anos e com muita possibilidade de renovação. Além de não pagarmos mais aluguel, vamos contar com toda a estrutura do clube – comemorou o presidente.

– Teremos ainda sete quadras de tênis, que serão utilizadas para treinamento e preparação dos tenistas que precisarem, desde que sejam federados – emendou.

Com isso, mais uma economia foi feita, uma vez que a CBT planejava construir um centro de treinamento na capital paulista. O projeto, que em junho estava perto de ser iniciado, esbarrou na burocracia da prefeitura de São Paulo. Surgiu, então, a idéia de formar a parceria com o clube, retendo mais gastos.

Se em São Paulo o centro de treinamento não deu certo, em Goiânia aconteceu o contrário, e o primeiro centro de Tênis passou a ser construído com iniciativa do governo de Goiás. Em Brasília ainda foi criada uma sub-sede para veteranos.

Outras parcerias foram feitas ao longo de 2007. Além do intercâmbio com a Federação Suíça de Tênis, em junho, a CBT conseguiu fechar um acordo com o Ministério dos Esportes, que viabilizará 1% do orçamento geral do governo para a organização de competições. Na temporada, também foram criados os circuitos Universitários e Interclubes, até então inéditos no país.

Por fim, a entidade máxima do tênis brasileiro comemorou o aumento no número de torneios organizados na temporada: 53 oficiais, sendo 22 futures (para jovens iniciando suas trajetórias no circuito profissional). A meta para o próximo ano é superar a marca de 30 futures.

– Nosso foco não é challenger. Queremos investir mais na meninada de 18 a 23 anos – explicou Lacerda.

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