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 | 30/11/2007 18h17min

Direção do Atlético-MG ainda tenta manter Leão

Técnico se despediu extra-oficialmente do clube nesta sexta-feira

O técnico Émerson Leão parece der dado um toque de mestre ao se despedir de forma extra-oficial do Atlético-MG na manhã desta sexta-feira. A diretoria alvinegra, que adiava o assunto para depois do término do Campeonato Brasileiro, entrou em choque e mostrou reação horas depois das declarações do treinador. A meta agora é renovar com o comandante o mais rápido possível.

– O Leão passou essas informações, mas isso não é realidade. Eu e o Ziza (Valadares, presidente do Atlético) tivemos uma conversa aqui na sede com o próprio Leão e acertamos que logo após o jogo contra o Palmeiras iríamos sentar para conversar sobre a renovação ou não do contrato – informou Beto Arantes, diretor de futebol do Galo, à Rádio Itatiaia.

Uma reunião foi agendada para tratar do assunto neste sábado, na Cidade do Galo, antes do embarque da delegação para São Paulo, palco do duelo de domingo contra o Palmeiras. Arantes resolveu abrir o jogo sobre a situação e foi sincero ao enfatizar que o medo dos dirigentes gira em torno de um pedido de aumento salarial de Leão. Atualmente, o treinador recebe cerca de R$ 300 mil mensais e a idéia é reduzir esse valor.

– O contrato que está em vigor foi feito para um prazo menor. Se nós acertamos por um prazo maior, logicamente nós vamos ter que fazer algum acerto financeiro. A nossa proposta é de que haja redução – destacou o cartola.

As rusgas pelas declarações do treinador ainda não foram avaliadas, mas o clima ficou ruim. Leão foi contratado graças aos pedidos incondicionais da massa, fã do treinador. E na coletiva ‘de despedida’, confessou que ficou desagradado com um suposto interesse do clube em Wanderley Luxemburgo, atualmente no Santos, que seria contratado junto do esforço de patrocinadores para o ano do centenário.

– Eu vi em noticiários que tinha R$ 30 milhões para investir no ano que vem e que o Wanderley estava sendo contratado. Quando alguém banca alguém, esse alguém deixou de ser proprietário, passa a ser empregado e quem paga escolhe o que quiser. Então está definida a situação. Eu não tive isso aqui. Eu tive foi trabalho, venda de jogadores, muito aperto. É isso mesmo. Uns são chamados para economizar e outros para gastar – revelou.

A informação não só é desmentida, como os dirigentes apontam para o fato do planejamento visando 2008 não ter saído do papel ainda.

– Não estamos procurando jogadores sem termos conversado com ele. Isso é infundado e não tem o respaldo da diretoria do Atlético – disse.

Sobre o salário, Leão comentou a seu modo que a questão financeira não deve ser problema.

– Eu ganho R$ 200 mil por mês, mais R$ 100 mil de luva e ganhei R$ 400 mil de uma dívida de dez anos atrás. Pega esse dinheiro, multiplica por seis e vê quanto eu custei e quanto foi o lucro em seis meses. Barato, não é? Eu sou barato. O próximo Campeonato Brasileiro deve dar uns R$ 20 milhões. Se o time cai, daria R$ 5 milhões. Então eu tenho participação em R$ 15 milhões. Fora os outros três jogadores que vendemos. Não fui eu, mas vendemos. Sou barato – concluiu Leão.

 
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