Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas durante os distúrbios na Universidade de Zulia, no extremo oeste da Venezuela, confirmaram nesta sexta-feira autoridades do país. O reitor da universidade, Leonardo Atencio, disse que uma jovem que morreu foi identificada como Flavia Isapia, estudante de Comunicação Social. Já o diretor nacional da Polícia científica, Marcos Chávez, informou a morte de Homero Romero, sem revelar se também era um estudante universitário.

Representantes universitários informaram que oito estudantes foram atendidos em um hospital de Maracaibo, capital da região. Glenys Estrada e Juan Valero estão em situação grave. O reitor afirmou que os dois estudantes feridos estavam sendo operados por volta das 20h40min de Brasília.

Já as circunstâncias da morte de Isapia estão sendo investigadas, disse o reitor. O chefe da polícia de Zulia, comissário Cándido Carreño, afirmou que "uma pessoa não identificada e que não tinha relação alguma com a Universidade de Zulia" abriu fogo contra o grupo de estudantes. Os manifestantes protestavam contra a suspensão de eleições internas previstas para a próxima semana.

Carreño acrescentou à emissoras locais que a polícia trabalha na identificação e localização do suposto pistoleiro. O reitor afirmou que as autoridades decidiram adiar para o próximo ano as eleições estudantis, previstas para 8 de novembro.