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 | 29/10/2007 12h41min

Partido de Kirchner amplia maioria parlamentar e vence em oito províncias

Cristina Fernández de Kirchner já soma 44,83% dos votos

O partido governista Frente para a Vitória (FPV) e seus aliados ampliaram sua vantagem no Parlamento argentino e venceram nas oito províncias que realizaram eleições para governador no domingo, segundo dados oficiais divulgados hoje.

Por enquanto, com 95,77% das urnas apuradas, a candidata presidencial da FPV, a peronista Cristina Fernández de Kirchner, obteve 44,83% dos votos, abrindo quase 22 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.

A vitória da primeira-dama se deve principalmente à província de Buenos Aires, a mais povoada do país e que representa quase 40% do censo eleitoral. Cristina, no entanto, foi derrotada na Capital, o segundo maior distrito eleitoral argentino.

Em segundo lugar está a centro-esquerdista Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, com 23% dos votos, enquanto em terceiro se encontra o centro-progressista Roberto Lavagna, da frente Uma Nação Avançada (UNA), com 16,90%.

Em Santa Fé e Córdoba, os resultados divergiram dos obtidos no resto da nação. Na primeira, Cristina venceu Carrió por uma pequena margem, enquanto na segunda Lavagna foi o candidato mais votado.

Além de elegerem o presidente e o vice-presidente do país para os próximos quatro anos, os argentinos votaram no domingo para renovar a metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Os eleitores de oito províncias também elegeram seus governadores.

A FPV conquistou uma clara vitória nas eleições para governador da província de Buenos Aires, onde o candidato do partido, o até então vice-presidente do país, Daniel Scioli, recebeu 48% dos votos.

O "kirchnerismo" somou ao seu mapa eleitoral as províncias de Mendoza, Misiones e Salta, até agora governadas por outras legendas, e manteve o governo dos distritos de Santa Cruz, Jujuy, La Pampa e Formosa.

Desta forma, a frente que o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, formou à margem do Partido Justicialista (peronista) e seus aliados governarão em 19 dos 24 distritos do país.

Segundo os resultados do pleito de domingo, o oficialismo manterá sua maioria no Senado, após assegurar os 41 assentos que tinha e possivelmente somar outros três de partidos políticos aliados de Cristina, em um total de 72 cadeiras.

Já na Câmara dos Deputados, dos 257 assentos totais, o FPV conquistará mais de 140, ultrapassando com folga os 129 parlamentares necessários para ter quorum próprio.

O resultado dos votos para senadores e deputados foi muito mais demorado e difícil, pois um eleitor podia votar de maneira diferente nas eleições presidenciais e nas legislativas, e nestas últimas era possível escolher candidatos de diferentes partidos.

Cristina, a primeira mulher eleita presidente na história da Argentina, assumirá o cargo no dia 10 de dezembro.

No domingo à noite, ela convocou todos os argentinos, sem ódio ou rancor, para participarem de seu projeto de Governo e disse que se sente "duplamente responsável", por ser presidente e por ser mulher.

A oposição denunciou irregularidades e até "fraudes" na eleição, pois em alguns colégios eleitorais do país faltaram cédulas dos partidos contrários a Kirchner. O Governo, no entanto, considerou o processo exemplar.

EFE
Javier García Martino, EFE / clicRBS

Cristina é a primeira mulher eleita presidente na história da Argentina
Foto:  Javier García Martino, EFE  /  clicRBS


 
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