| 17/09/2007 14h41min
A confusão surgida após o drible da foca do atacante cruzeirense Kerlon, quando ele levantou a bola e avançou com toques de cabeça, no clássico de domingo, contra o Atlético Mineiro, é vista com cautela no grupo dirigido pelo técnico Dorival Júnior. Tanto ele quanto alguns jogadores admitem que o lance pode ser considerado provocativo, como no ponto de vista do adversário.
— Cabe ao jogador saber quando executá-la. Num repente, numa jogada natural, tudo bem, sem problemas — avalia o técnico.
— Pode ser bom que ele evite, para segurança dele — disse o atacante Guilherme.
Do lado atleticano, a reclamação é evidente.
— Não foi uma jogada de habilidade, nem de menosprezo. Foi de provocação. Eu temo, num futuro, ele ficar fora muitos anos se um dia ele tomar um chute no rosto. Torço para que não aconteça — disse o técnico Emerson Leão.
O lance ocorreu aos 35 minutos do segundo tempo. Kerlon fez o drible, e o
lateral-direito Coelho o derrubou, de forma agressiva, sendo
expulso. A confusão tomou conta do gramado do Estádio do Mineirão. O jogo terminou 4 a 3 para o Cruzeiro.
Esta não foi a primeira vez que o atacante, de 19 anos, executou o lance na carreira. Por causa dele, inclusive, ganhou fama internacional nas categorias de base pela seleção brasileira. Kerlon foi o artilheiro e melhor jogador do Sul-Americano sub-17 de 1995, com oito gols em sete partidas.
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