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 | 29/07/2007 16h58min

Vôlei alterna sensação de alívio e decepção nos Jogos Pan-Americanos

Seleção masculina leva ouro, mas atletas femininas ficam com a prata

Esporte com os atletas brasileiros mais badalados destes Jogos Pan-americanos, o vôlei termina o Rio 2007 com uma medalha de ouro e uma de prata. Mas, apesar do excelente resultado dentro de quadra, cada um dos pódios teve um gosto bem diferente pela a delegação nacional.

Entre os homens o sentimento é de alívio. Afinal, a fenomenal geração comandada pelo técnico Bernardinho finalmente ganhou o único título que ainda não havia conquistado. E da melhor forma possível: jogando bem, em casa, batendo a “entalada” Venezuela na semifinal e se recuperando de uma polêmica surgida às vésperas da estréia, quando o técnico Bernardinho optou por cortar o capitão e levantador Ricardinho do time.

– Nada e ninguém tiraria esse título da gente – comemorou o oposto André Nascimento, responsável por duas importantes seqüências de saques que impulsionaram o time contra a Venezuela e os Estados Unidos.

– O segredo dessa conquista foi muito trabalho. Sempre temos muita motivação e força de vontade para buscar as vitórias. Isso dá muita confiança ao time – comentou o ponteiro Dante.

A campanha no Pan foi praticamente irrepreensível: nenhum set perdido em cinco partidas. O único momento mais tenso foi no primeiro set contra a Venezuela, onde o Brasil precisou virar uma parcial quase perdida. Pressionado por ter cortado Ricardinho e convocado seu filho Bruno – que, com os títulos de melhor levantador das duas últimas edições da Superliga tem todas as condições de estar na seleção –, Bernardinho aproveitou o título para desabafar.

– Se eu fosse maldoso e tivesse a intenção de prejudicar, teria cortado o Marcelo e não o Ricardo. Se fosse arbitrário, os jogadores teriam jogado do jeito que jogaram? Divulgaram várias inverdades. Acho que esse grupo pode dar um exemplo para este país. Se tivermos que perder, vamos perder. Não vale tudo para ganhar. Chega disso – bradou.

Por outro lado, no feminino, o sentimento é de uma prata amarga. Denominada certa vez pelo técnico Bernardinho como “a seleção feminina de maior potencial na história”, as meninas do Brasil repetiram as mesmas falhas demonstradas nas Olimpíadas de Atenas e no Mundial de 2006: souberam com muito mérito chegar perto de fechar um jogo contra outro time forte (Cuba, no caso do Rio 2007), mas falharam no momento de colocar a última bola no chão e tomaram a virada.

Jogadora mais experiente da seleção, a levantadora e capitã Fofão resumiu a decepção do grupo, que estava visivelmente abatido no segundo lugar do pódio.

– A sensação é a pior possível. Sempre deixei clara a minha vontade e disposição de estar aqui. Por isso sinto mais do que elas essa derrota. Queria muito essa vitória – afirmou a atleta. A ponteira Sassá por sua vez, espera ter aprendido a lição para quem sabe conseguir a desforra com o ouro nas Olimpíadas de Pequim.

– Faltou um detalhe. Todos se empenharam ao máximo, mas faltou saber decidir a partida – encerrou.

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