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 | 22/07/2007 17h50min

Thiago Pereira precisa evoluir para Olimpíadas 2008

Brasileiro entrou para a história dos Jogos Pan-americanos

Dono de oito medalhas nos Jogos Pan-americanos (seis de ouro, uma de prata e uma de bronze), o nadador Thiago Pereira foi alçado à condição de estrela do esporte brasileiro. O prodígio da natação brasileira liderou o pódio dos 200m e 400m medley, 200m costas, 200m peito, levou o bronze nos 100m costas e prata com o revezamento 4x100m medley e ouro com o 4x100m e 4x200m livres.

Tais resultados já o deixam entre os leigos no mesmo patamar de Michael Phelps, norte-americano papa-medalhas. Entretanto, apesar de já ter índice para Pequim-2008 em todas as provas que medalhou no Pan e das equipes de revezamento, o nadador deve priorizar em Pequim-2008 as provas individuais de medley, sua especialidade e onde ele tem maiores chances de medalha.

Mesmo nos 200m e 400m medley, Thiago Pereira terá que melhorar muito seus tempos se quiser estar entre os três que sobem ao pódio. Comparadas com as alcançadas pelos nadadores no Mundial de Melbourne, no início deste ano, suas marcas ainda estão bastante longe do que renderia pódio.

Tomados os tempos feitos no Rio-2007, a prova em que ele mais se aproximaria do pódio no Mundial é o revezamento 4x100m medley, onde os brasileiros ironicamente não conquistaram o ouro, ficando com a prata. Com o tempo de 3min35s81, o grupo formado pelo próprio Thiago, Kaio Márcio de Almeida, Henrique e César Cielo seria quarto colocado na Austrália, pouco atrás da Rússia, que conseguiu 3min35s51 e foi bronze.
No Mundial, Thiago disputou as duas provas que são consideradas suas especialidades: os 200 e 400m medley. Na primeira disputa, ele ficou em quarto, com 1min58s98. Cerca de quatro meses depois, ele baixou a marca em mais de um segundo (fez 1min57s79 no Pan, novo recorde da disputa), mas mesmo assim manteria a posição, já que o húngaro Laszlo Cseh, dono do terceiro lugar, conseguiu 1min56s92.

Nos 400m medley, o brasileiro também chegaria perto do pódio e seria quarto se repetisse os 4min11s14, recorde do Pan na prova. Porém, ainda assim estaria longe do italiano Luca Marin, terceiro colocado com 4min09s88. Na Austrália, ele acabou desclassificado da prova, vencida pelo norte-americano Michael Phelps, com a impressionante marca de 4min06s22, recorde mundial.

O pior desempenho de Thiago no Mundial ficaria na prova dos 200m peito, onde ele sequer estaria entre os oito competidores da final. No Pan, a marca de 2min13s51 lhe garantiu o ouro. Por pouco, isso também não aconteceria na disputa dos 100m costas, onde ele seria o oitavo colocado com os 54s75 que lhe deu o bronze no Rio de Janeiro.

Nos 200m costas, Thiago seria sexto colocado se repetisse os 1min58s42 da vitória e o recorde do Pan-americano. O título em Melbourne foi para o norte-americano Ryan Lochte, que bateu o recorde mundial na ocasião ao fazer 1min54s32.

Mesma posição Pereira teria no revezamento 4x100m livre, prova em que levou o ouro mesmo sem ter participado da final, disputada por Fernando Silva, Eduardo Deboni, Nicolas Oliveira e César Cielo em 3min15s90. Já nos 4x200m livre, Thiago e o Brasil pegariam a quinta colocação com os 7min12s27, bem atrás dos 7min03s24 que deram o ouro para os Estados Unidos.

Vale lembrar que Thiago tem seis vagas individuais nas Olimpíadas de Pequim: 200m e 400m medley, 200m livre, 200m costas, 200m peito e 100m costas, sendo esta última obtida durante o Pan. Os brasileiros também possuem lugar garantido em três revezamentos na China: 4x100 metros nado livre masculino, 4x200 metros nado livre masculino e 4x100metros 4 estilos masculino.

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