No futebol, treinador que perde clássico de goleada é demitido. O vencedor tem tranqüilidade e no mínimo, a garantia de permanência no cargo até a próxima partida. No domigo porém, essa ordem foi invertida.

Um dia depois da derrota por 5 a 2 contra o Figueirense, o clima no Joinville era de completa normalidade. As contratações continuam na promessa e o técnico Gilmar Iser, ao contrário do colega Heriberto da Cunha, se mantém no comando do tricolor.

Quando recebeu a notícia da demissão do treinador do Figueirense, Iser ficou assustado.

– Eles ganham e ainda assim o Heriberto cai? – questionou o técnico do Joinville.

Ainda sem os pretendidos jogadores, um volante e um atacante de área, Gilmar espera reencontrar o caminho da vitória na próxima partida, contra o Juventus. Para ele, um meio-campo forte na marcação ajudará a resolver os problemas na defesa do time. Em seis jogos no Catarinense, o tricolor levou 15 gols.

Na opinião do zagueiro Jonas, o único jogador da posição a participar de todos os jogos, os problemas no setor defensivo são decorrentes de falhas coletivas.
 
– O grupo todo está errando. Vamos conversar e ver o que está acontecendo – explicou o zagueiro.

Se o Joinville tem a pior defesa, em contrapartida, o ataque é o melhor da competição, com 12 gols. Mesmo assim, Iser insiste na contratação de mais um atacante, de preferência com mais presença de área.

– Apesar do bom número, os gols estão saindo de vários setores da equipe. Isso é bom, mas precisamos de jogador de referência na frente – justificou.

DIÁRIO CATARINENSE