Fundos de pensão ligados a grandes bancos estrangeiros poderão ser os parceiros do Grêmio no projeto de construção de sua arena multiuso. Esta é a opinião do ex-presidente Fábio Koff, entusiasta da idéia de um local que não seja rentável apenas em dias de jogos.

Presidente do Clube dos 13, Koff lembra que saíram destes mesmos fundos de pensão os recursos para a construção dos estádios utilizados na Eurocopa de 2004 e Mundial da Alemanha deste ano. A possibilidade de o Brasil sediar a Copa de 2014, diz Koff, poderia animar tais investidores a aplicarem recursos nos estádios do país.

– Só resta saber em que condições os investimentos seriam feitos, que tipo de retorno eles exigiriam – disse o ex-dirigente, cujo nome está associado às maiores glórias obtidas pelo Grêmio – o bicampeonato da Libertadores e o mundial interclubes.

Koff teme que os episódios envolvendo as multinacionais ISL e MSI, que tiveram problemas nas parcerias firmadas com Grêmio e Corinthians, possam desestimular novos investimentos estrangeiros. Mesmo assim, ele não concebe mais a existência de um estádio nos moldes do Olímpico.

Segundo Koff, passa dos R$ 2 milhões o valor gasto anualmente em manutenção. Na conta, diz, é preciso ser incluído o gasto com os funcionários designados para essa tarefa. Na semana passada, Koff cancelou um compromisso no Clube dos 13 para participar da reunião do Conselho Deliberativo em que o presidente Paulo Odone expôs a idéia de um novo estádio.

Com seu discurso, ajudou a convencer os conselheiros de que o Grêmio precisa modernizar suas instalações, adaptando-se às exigências da Fifa.

– Já em 1996 (ano em que concluiu seu último mandato no clube), já pensava em reformar o Olímpico. Cheguei a dizer aos meus filhos que só ficaria no Grêmio para detonar o Olímpico – sorri Koff, que há dois anos e meio não comparece ao estádio para ver os jogos do time.

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