O técnico Mano Menezes preferiu não polemizar sobre as declarações dadas pelo treinador do São Paulo Muricy Ramalho no sábado. Muricy estaria temeroso com a possibilidade de foguetório perto do hotel da equipe paulista, que encara o Grêmio no domingo, às 16h, pelo Brasileirão 2006. Segundo Mano, as palavras do comandante são-paulino não foram tão fortes como o destacado na imprensa.

– Eu assisti toda a entrevista do Muricy. Ela dentro de um contexto geral não foi tão acintosa no sentido de atacar o torcedor do Grêmio. Fez uma observação baseada em fatos que aconteceram no ano passado e que na verdade é uma estratégia para chamar a atenção do jogo e quem sabe não passar por situações como essa. Eu de antemão digo que o que interessa ao Grêmio nessa hora é a normalidade. A normalidade tem nos dado vitórias em casa e uma seqüência bastante grande e passa por também deixar o São Paulo bastante tranqüilo e nos preocupar única e exclusivamente com preparar bem a equipe para saber enfrentar um adversário muito qualificado que vem vindo com uma grande campanha. Por isso é o líder do campeonato – disse Mano Menezes.

O Grêmio montou uma operação especial para os jogos finais do Brasileirão. Uma das ações é antecipar em um dia a concentração dos jogadores. Mano Menezes acredita que esse tipo de coisa não é um sacrifício e sim uma visão profissional do momento.

– Essas questões elas são mais administrativas para que a gente possa realmente ter uma recuperação boa de jogo para jogo em termos de alimentação e repouso. Sempre que a nossa equipe entra inteira em campo ela produz muito, ela tem um ritmo de jogo muito forte. Os adversários têm dificuldade de acompanhar esse ritmo durante os 90 minutos. Nós temos que fazer o melhor de cada um nesse momento. Não se trata nem de sacrifício. Se trata de visão profissional do momento que nós estamos vivendo – afirmou Mano.