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 | 08/08/2006 15h25min

Fluminense vive manhã tensa na sede das Laranjeiras

Torcedores protestaram e arremessaram morteiros em direção ao gramado

Um dia depois de a diretoria do Fluminense demitir o técnico Oswaldo de Oliveira, por causa da derrota de 3 a 0 para a Ponte Preta, a sede das Laranjeiras viveu momentos de muita tensão. Na manhã desta terça, por volta das 9h40min, cerca de 30 torcedores entraram no clube, invadiram o corredor de acesso ao gramado, pularam o alambrado e jogaram morteiros e bombas em direção ao gramado. Um artefato acabou atingindo o presidente do Fluminense, Roberto Horcades.

O grupo queria entrar no vestiário, mas acabou contido por policiais militares, que revistaram os torcedores antes de expulsá-los do clube. Portando a faixa "Xerém revela, Laranjeiras vende", os torcedores gritaram palavras de ordem contra a diretoria, como "Dirigentes sanguessugas" e de repúdio ao patrocinador do clube, além de pedirem a saída do clube do zagueiro Gabriel Santos, do lateral-direito Rogério, dos meias Pedrinho e Petkovic e dos atacantes Claudio Pitbull e Tuta.

O volante Marcão, um dos poucos poupados, chegou a conversar com os torcedores, mas depois disso não quis gravar entrevistas.

– Acho que não é por aí. O torcedor tem todo o direito de protestar, mas não com violência. Eles atiraram dois morteiros, um resvalou no pé, pois ia atingir o departamento de futebol. Estamos trabalhando pelo melhor do clube, mas nem sempre os resultados acontecem. É preciso ter calma e esse tipo de comportamento não leva a nenhum tipo de melhoria real – analisou Roberto Horcades.

Um dos alvos dos torcedores, Claudio Pitbull lamentou o ocorrido.

– Todos nós sabemos que o Fluminense não está na posição que merece na tabela de classificação do Brasileirão e respeitamos os protestos da torcida. Mas estamos trabalhando para mudar esta situação e também merecemos ser respeitados como profissionais – disse Pitbull.

Após o treino, que para os titulares se limitou a uma corrida ao redor do gramado, Petkovic concedeu uma entrevista coletiva e disse que aceita normalmente a condição de reserva se essa for a determinação da comissão técnica. Oswaldo saiu das Laranjeiras dizendo que foi demitido porque não podia barrar os medalhões.

– Não cabe a mim decidir nada. Sou um contratado do Fluminense e se vou jogar ou não cabe à comissão técnica. Estou no Fluminense porque tenho qualidade e estou disposto a assumir a responsabilidade de estar neste clube. Mas não sou eu quem decide quem vai jogar ou não – afirmou Petkovic.

O sérvio também desmentiu que tenha tido problemas de relacionamento com seus companheiros de clube, que tenha feito corpo mole ou que venha pleiteando um aumento salarial junto aos dirigentes.

– Sou muito bem remunerado e jamais pedi para ganhar um aumento. Estou muito feliz no Fluminense e jamais aceitaria fazer ou ver qualquer tipo de corpo mole no clube. Além disso, o relacionamento entre os jogadores do Fluminense é o melhor possível e nunca existiu esses problemas de vestiário que foram ditos – completou Petkovic, que evitou comentar a manifestação da torcida.

GAZETA PRESS

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