A torcida é o doping. Com o Beira-Rio cheio, aparece uma energia que nem se sabe de onde vem. As palavras do capitão Fernandão dão a tônica da importância que os quase 60 mil colorados terão nesta noite, às 21h45min, quando o Inter entrar em campo para encarar o Libertad, na decisão por uma vaga na final da Libertadores, 26 anos depois.

– Quando está quase na hora de começar, dá para escutar direitinho. Olha, acho que não tem jogador que não se emocione com essa hora. Pode ser tarimbado, não tem importância. Quem curte futebol e quer ser campeão, sonha em viver esses momentos – revelou o atacante.

Mais do que nunca esse apoio será fundamental. Não será nada fácil. Os paraguaios têm a melhor defesa entre os quatro semifinalistas, e a vantagem de não ser eliminado em caso de empate. O Inter está fora a partir de 1 a 1 e decide nos pênaltis com 0 a 0. Uma vitória simples confirma o time gaúcho na decisão.

E as incógnitas persistem na escalação colorada. Tinga treinou na tarde de ontem, porém, ficou de fora da relação de concentrados. Michel é o mais cotado para assumir o seu lugar. Iarley, Perdigão também podem ser opções.

O lateral-direito Elder Granja está fora por causa de lesão e Ceará será seu substituto. Adriano não foi relacionado por questões técnicas.

Já o Libertad está motivado com a possibilidade de se beneficiar com o saldo qualificado. Entretanto, o técnico Gerardo Martino sabe que não poderá ser tão ofensivo dentro do Beira-Rio e tratou de escalar Víctor Cáceres no lugar de Sergio Aquino.

O jornal paraguaio Ultima Hora destaca em sua edição desta quinta a possibilidade da equipe escrever outra página do futebol paraguaio ao chegar à final. A publicação salienta que o Libertad será o segundo time do país na decisão de uma Libertadores, após o Olimpia.