| 27/06/2006 18h05min
Mesmo tendo garantido a presença do Brasil nas quartas-de-final da Copa do Mundo, apresentação do Brasil na vitória por 3 a 0 sobre Gana não agradou a todos os brasileiros. Entre os esportistas, as opiniões sobre a atuação do time de Parreira nesta terça também provocou divergências.
A atiradora gaúcha nove vezes campeã nacional Janice Teixeira não gostou do jogo, considerando que a atuação ficou bem abaixo da capacidade do elenco.
– Não sei por qual razão o Parreira não experimentou entrar com o Fred no lugar do Adriano. O Parreira tem que ter mais pulso, falta comando ao nosso treinador – afirmou Janice. – Vencemos Gana, que é um time fraco. Se o Brasil jogar na defesa, como foi hoje, contra times mais fortes, será difícil ganharmos essa Copa. Mas sigo na torcida, esperando que o futebol da seleção melhore.
Ainda admitindo não entender muito de futebol, a nadadora finalista dos 50 metros livres das Olimpíadas de 2004, Flávia Delaroli, conhece bem as competições de alto nível e a cobrança que recai em cima dos atletas. Ela destaca a expectativa que é colocada sobre os melhores jogadores do planeta e a seleção cinco vezes campeã do mundo.
– Não acho que o Brasil deu show contra Gana, mas venceu e isso é o que realmente interessa. Em campeonatos mundiais e Olimpíadas o que interessa mesmo é ganhar – destaca Delaroli.
Já a capitã da seleção feminina de futebol na conquista da medalha de prata em Atenas, Juliana Cabral, gostou do jogo. Principalmente da atuação dos seus colegas de posição, os zagueiros Lúcio e Juan.
– Eu só não aprovei a postura defensiva demais depois do primeiro gol, mas dentro da proposta de atuar no contra-ataque, a seleção foi bem. O Ronaldo marcou um golaço e, com 15, é o maior artilheiro de todas as Copas. Ele é o cara mesmo! Não tem que sair do time. Mas, para o próximo jogo, bem que o Parreira poderia colocar o Robinho no lugar do Adriano – sugere a jogadora.
O treinador do São Caetano, quarto colocado na Superliga Feminina de vôlei 2005/2006, Antônio Rizola, considera que o Brasil foi o melhor time que passou para as quartas-de-final, já que a Itália precisou de um pênalti que não existiu para vencer a Austrália, a Alemanha só fez 2 a 0, o jogo de Portugal foi uma guerra e a Argentina foi até a prorrogação.
– Dar show é ganhar. Nisso eu concordo com o Parreira. Só o treinador para saber qual a hora exata de mexer no time. Porque os jogadores reagem de formas diferentes de acordo com o time que está em campo. O Parreira conhece os atletas que possui – destaca o técnico.
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