O torcedor do Santos ganhou um motivo a mais para zombar dos palmeirenses na vitória por 2 a 1 sobre o rival: o Peixe começou o jogo com um time misto. Para o técnico Wanderley Luxemburgo, porém, mais importante que o argumento dado à sua torcida, é o fato de ter conseguido um time equilibrado fisicamente para o duelo com o Ipatinga, pela Copa do Brasil.

– A parte física é um ponto fundamental para que a gente possa vencer os jogos. A gente vinha de uma maratona, com alguns jogadores cansados, e, agora, a equipe está equilibrada em relação ao físico. Eu queria que a minha equipe chegasse na quarta-feira inteira – explicou o treinador, que não culpou seus reservas pelo mau futebol apresentado no primeiro tempo do clássico.

O Santos marcou seus dois gols e passou a dominar o Palmeiras quando Luxemburgo mandou a campo três de seus titulares: Cléber Santana, que acabou expulso, Léo Lima e Reinaldo.

– Acontece que faltou espaço para jogar no primeiro tempo, mas os titulares e os reservas apareceram bem no jogo. Esse time que jogou o primeiro tempo está preparado – defendeu o técnico do Peixe.

O goleiro Fábio Costa lembrou que, graças à formação escolhida por Wanderley Luxemburgo, o Santos acabou sobrando fisicamente se comparado ao Palmeiras:

– Foram as circunstâncias do jogo. No final, a parte física acabou pesando um pouco para eles. O Gamarra e o Douglas estavam marcando jogadores de velocidade e é difícil de acompanhar – apontou.

Ao lado do zagueiro Domingos, o ala-esquerdo Carlinhos, substituto de Kléber, foi um dos poucos reservas do Peixe que esteve em campo durante todo o clássico deste domingo.

– Com o time reserva, a gente conseguiu jogar de igual para igual. Por isso, não acho que sejam reservas, mas jogadores que podem entrar e contribuir com o grupo quando for preciso – classificou, com a moral de quem, neste domingo, contribuiu para a virada sobre um arqui-rival.

GAZETA PRESS