A morte de Telê Santana na manhã desta sexta repercutiu nos principais diários esportivos do mundo. Todos foram unânimes em apontar o treinador como um dos mais qualificados da história do futebol brasileiro.

O diário argentino Olé, famoso por suas provocações ao futebol brasileiro, além de noticiar o fato publicou uma coluna assinada pelo cronista Enrique Macaya Márquez em que os elogios a Telê se estendem aos técnicos brasileiros.

“Santana sabia como dirigir o jogador, como lidar com ele, como fazê-lo produzir, como falar; algo muito típico de sua personalidade. Ele dava liberdade, mas sem subordinar as idéias próprias que têm os técnicos brasileiros. Talvez os argentinos ignorem, mas eles (brasileiros) são muitos mais avançados do que nós em alguns aspectos táticos”, disse num trecho de sua cônica de quatro parágrafos.

O jornal português Record, por sua vez, fez uma breve retrospectiva reverenciando a carreira vitoriosa de Telê como jogador e treinador. Para completar, lembrou do apelido de pé-frio dado após o fracasso da Copa do Mundo 1982 e se despede com um “Até sempre, Fio da Esperança”.

Quem também não economizou espaço em sua versão digital foi o diário italiano Gazzetta dello Sport. Qualificado como “dono de inteligência tática”, Telê é lembrado como o primeiro campeão brasileiro (pelo Atético-MG) e todos os feitos de sua carreira são contados.

No entanto, a derrota por 3 a 2 para a Itália no estádio Sarriá durante a Copa do Mundo da Espanha ganhou destaque. O jornal faz uma pequena retrospectiva desta partida e lembra que o treinador ficou estigmatizado por ter um grande time em mão e não conseguir levar o Brasil ao título.

Entre os diários esportivos mais importantes do mundo, o espanhol Marca foi o mais direto. Em apenas dois parágrafos, evitou os adjetivos e deu apenas as informações principais da morte de Telê Santana e sua carreira.