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 | 10/05/2002 23h21min

STJD tira da pauta julgamentos envolvendo Avaí, Caxias e Figueira

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luiz Zveiter, informou nesta sexta-feira, 10 de maio, que foram tirados da pauta da próxima semana – e vão continuar fora por tempo indeterminado – os julgamentos dos processos que envolvem Avaí, Figueirense e Caxias, clubes que disputaram no ano passado a Série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com informações da CBN Diário, a decisão de Zveiter sinaliza uma mudança de rumo e indica a possibilidade de haver uma "saída política" para o caso.

Essa saída seria uma eventual virada de mesa, com os três clubes subindo para a Série A do Campeonato Brasileiro em 2002, assim como o Paysandu (PA), campeão da Segundona do ano passado. A idéia é evitar o surgimento de um novo Gama no futebol brasileiro: o Figueirense, que ameaça ir à Justiça comum caso seja mantido fora da Série A. Na semana que vem, a CBF e a Liga Nacional se reúnem e devem anunciar a tabela de jogos para o Campeonato Brasileiro deste ano, que começa em agosto.

Em um dos casos cujo julgamento foi adiado, o Avaí quer a punicão do Figueirense em razão de o ex-técnico alvinegro, Vágner Benazzi, ter usado uma liminar da Justiça do Trabalho para comandar o time à beira do gramado no clássico disputado no dia 18 de dezembro último, no Estádio da Ressacada, em Florianópolis, pelo quadrangular final da Série B. Benazzi estava suspenso pela Justiça Deportiva e, de acordo com normas da Fifa, deveria ter aguardado o julgamento no STJD antes de recorrer à Justiça comum.

No outro caso, Avaí e Figueirense pedem a punição do Caxias pelo cai-cai que o time gaúcho protagonizou contra o time azzura, também na Ressacada, no quadrangular final.

Curiosamente, a decisão do STJD foi tomada depois de o presidente do Figueirense, Paulo Prisco Paraíso, ter feito uma visita a Zveiter, no meio da semana, no Rio de Janeiro. Para o presidente Avaí, Nilson Zunino, a coincidência preocupa.

– Estranho muito porque coincide com a visita da parte interessada (o Figueirense). O que nos traz insegurança e precupação. Mas acreditamos na dignidade e competência dos homens que julgam – afirmou Zunino, à CBN Diário.

O dirigente do Leão lembrou também que Fábio Koff, presidente do Clube dos 13 e um dos principais articuladores da Liga Nacional, foi evasivo quando lhe perguntaram se poderia haver nova virada de mesa no Brasileiro. De acordo com Zunino, Koff respondeu que a Liga iria fazer o campeonato, e, portanto, a inclusão de mais times não se tratava de virada de mesa, uma vez que a organizador do Brasileiro é outra entidade. O próprio Zunino dá a entender que é a favor da virada da mesa.

– Há a necessidade de que eles (Liga Nacional e CBF) tomem uma medida inteligente para evitar ações na Justiça comum, cumprindo, desse modo, as datas, que estão atrasadas, do começo e término do campeonato – disse Zunino.

O advogado do Figueirense, João Batista Baby, acredita que o julgamento deve ocorrer nas próximas semanas.

– Acredito que o STJD decide isso tudo no prazo máximo de quatro semanas. Na segunda-feira, vou protocolar o pedido de revisão do julgamento (no qual o Tribunal Pleno tirou o Figueirense da Série A e pôs o Caxias) – contou o advogado.

 
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