O corpo de segurança da Presidência russa vacinou contra a gripe aviária os sete falcões, águias e gaviões adestrados que afugentam as gralhas das cúpulas douradas das catedrais do Kremlin.O tenente-general Serguei Jlebnikov disse à agência oficial russa Itar-Tass que as aves foram vacinadas contra a gripe aviária e também receberam uma vacina adicional que reforça por um ano o sistema imunológico dos animais.

Serguei Deviatov, porta-voz do Serviço Federal de Vigilância, responsável pela proteção do Kremlin e pela segurança pessoal dos máximos dirigentes russos, explicou que as aves de rapina "são parte do sistema de defesa biológica da colina Borovitski", na qual se situam os palácios, catedrais e museus que ficam protegidos pelos muros do Kremlin no centro de Moscou.

– Sua tarefa é impedir que na colina se assentem grupos de gralhas, que bicam as cúpulas douradas, e de outros pássaros que podem destruir a estrutura biológica especial do solo na área do Kremlin– disse o funcionário à agência Interfax.

Jlebnikov disse que atualmente a esquadrilha de guardiões do Kremlin goza de férias, pois no inverno as gralhas são pouco ativas e são espantadas com emissores de ultra-som. Acrescentou que após serem vacinadas as aves já estão prontas para assumir suas tarefas rotineiras na primavera no hemisfério norte.

Meios de comunicação russos destacaram que a resposta à ameaça da gripe aviária foi mais moderna no Kremlin de Moscou do que na Torre de Londres, onde os famosos corvos que vivem ali foram postos em quarentena. Em uma das torres da fortaleza sobre o Tâmisa foram instaladas várias jaulas para os seis corvos que, segundo a lenda, se abandonarem a torre, o Reino Unido cairá.

AGÊNCIA EFE