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 | 20/02/2006 14h05min

UE vai reforçar controles de fronteira contra gripe aviária

Produtores avícolas podem receber ajuda por queda de consumo

A União Européia (UE) estuda determinar o aumento do controle sobre viajantes chegados de outros países para evitar que introduzam aves ou outros produtos capazes de espalhar gripe aviária, informaram hoje fontes do bloco.

Os países da UE pretendem implantar controles obrigatórios aos viajantes que entram na Europa, que terão que apresentar uma declaração para informar se transportam aves ou outros produtos que possam implicar em risco de disseminação da doença.

A proposta será discutida amanhã no Comitê Permanente da Cadeia Alimentar da UE, formado por analistas dos 25 países-membros.

Os ministros da Agricultura da UE defenderam hoje o reforço da vigilância sobre fronteiras e passageiros para impedir importações ilegais de aves, explicou a ministra da Agricultura da Espanha, Elena Espinosa.

O Conselho de Agricultura discutiu as medidas de prevenção para frear a gripe aviária depois que foram identificados focos do vírus H5N1 – altamente letal – na França, Alemanha, Áustria, Eslovênia, Itália, Grécia e Hungria.

Na Espanha aves mortas encontradas em La Rioja e em Navarra acenderam o alarme. A ministra disse que as amostras ainda não foram examinadas no laboratório de referência de Algete, em Madri. Mas ressaltou que desde o início do ano foram analisadas cerca de 5,7 mil aves e nenhuma delas tinha o vírus.

A vacinação das aves domésticas, proposta pela França e Holanda, está sendo debatida. O Comitê Permanente da Cadeia Alimentar, encarregado de definir as medidas de segurança sobre a gripe aviária, estudará amanhã a situação da vacinação, informou o comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou.

Mas o porta-voz para a Saúde, Philip Tod, afirmou que a UE não deve impor a vacinação no bloco. Bruxelas considera que a vacinação generalizada traz riscos e vantagens. Outra questão analisada pelos 25 é a necessidade de oferecer assistência aos países afetados na Ásia central e à Nigéria, onde o frango é uma das poucas fontes de proteínas da população.

Já o conselheiro de Agricultura da Andaluzia, Isaias Pérez Saldaña, que representa as áreas autônomas espanholas na reunião da UE, defendeu o confinamento das aves em todo o território do país e a proteção dos alimentos, para que não fiquem ao ar livre nem em contato com aves migratórias.

Os ministros da Agricultura da União Européia debaterão hoje a proposta da Espanha, França, Grécia e Itália de dar ajudas aos produtores avícolas prejudicados pela queda no consumo por causa do medo despertado pela doença.

AGÊNCIA EFE
 
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