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 | 03/02/2006 14h50min

OMS envia analistas a nove países vizinhos de Iraque e Turquia

Especialistas em gripe aviária vão verificar incidência da doença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou hoje que enviou equipes de especialistas em gripe aviária para nove países vizinhos do Iraque e Turquia, onde foram registrados casos de pessoas infectadas pelo vírus H5N1.

A diretora-adjunta da OMS, Margaret Chan, confirmou que os exames feitos na adolescente que morreu no norte do Iraque em 17 de janeiro deram positivo para o vírus.

Chan destacou que as amostras extraídas de outros dois iraquianos que apresentavam sintomas de gripe aviária foram negativas. Em Londres, estão sendo examinadas amostras do tio da menina morta.

Após a identificação desses casos no Curdistão, as autoridades iraquianas determinaram o sacrifício de meio milhão de aves. Os países que receberam equipes de especialistas são Armênia, Azerbaidjão, Egito, Geórgia, Líbano, Irã, Síria, Moldávia e Ucrânia.

– As equipes estão avaliando se, nesses países, há planos nacionais para enfrentar uma possível pandemia – disse Chan.

Outra equipe foi enviada ao Chipre. Foi detectado um surto de gripe entre aves no norte da ilha.

A gripe aviária, que causou a morte de 140 milhões de aves na Eurásia e de mais de 80 pessoas no Iraque, Turquia, China, Camboja, Tailândia, Vietnã e Indonésia, pode se transformar, de acordo com a OMS, em uma doença capaz de matar milhões de pessoas se o vírus H5N1 sofrer mutação e se tornar transmissível entre humanos.

Sobre o caso do Iraque, onde as autoridades comunicaram à OMS a inexistência de antivirais para tratar os possíveis doentes, Chan afirmou que a companhia que os produz está pronta para fornecer entre 70 mil e 80 mil doses nos próximos dias.

A OMS recomendou a utilização de antivirais como o Tamiflu, produzido pela empresa farmacêutica suíça Roche, e o Relenza, da Glaxosmithkline, para tratar os casos de pessoas infectadas com o vírus H5N1 da gripe aviária.

O coordenador do programa contra a gripe da OMS, Keiji Fukuda, defendeu o alerta em torno da possível aparição de uma pandemia de gripe aviária entre os humanos se o H5N1 sofrer mutação.

– As pandemias são eventos naturais que acontecem em certos intervalos de tempo. É verdade que, por enquanto, não há uma pandemia (de gripe aviária), mas há certos riscos depois que houve surtos entre animais – acrescentou.

Fukuda se referiu também a outras pandemias anteriores à da gripe aviária, como a do vírus que causa a aids e o da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars), que aconteceram sem que houvesse preparação para seu surgimento como no caso atual.

AGÊNCIA EFE
 
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