A fase é de lua-de-mel entre Chiquinho e o Inter-SM. Aos 26 anos de idade, ídolo da torcida, homem de confiança do técnico Paulo Porto e, ainda por cima, um dos artilheiros da equipe no Gauchão 2008, com dois gols. Com todos esses atributos, o meia tem tudo para se tornar um dos jogadores mais importantes da história recente do clube.

No último domingo, Chiquinho deu mais um passo para conquistar esse objetivo. Ou melhor, dois passos, e de perna esquerda. Foi com a sua canhota precisa que o jogador ajudou a tirar o colorado do sufoco contra o Guarany-Ba. O primeiro gol foi de falta, a sua especialidade, mas o segundo foi uma surpresa até mesmo para ele.

– Quando eu faço um gol, o pessoal logo pergunta se foi de falta ou de pênalti. Pô, eu não posso fazer com a bola rolando também? – diverte-se o camisa 10 do Coloradinho.

Com a tranqüilidade de sempre, Chiquinho reconhece a importância da primeira vitória no Gauchão, mas faz questão de lembrar a partida que garantiu o retorno do time de Santa Maria à Série A. No jogo decisivo contra o Pelotas, em setembro, o meia deu passe para os dois gols do Inter-SM, ou, como ele costuma dizer, deixou Cirilo e Alê Menezes "pifados" para mandarem a bola para as redes. Agora, chegou a sua vez de ser protagonista.

– Eu vou deixar esse lance de artilharia para o Jean Michel e para o Alê Menezes. Eu só quero continuar fazendo os meus golzinhos. É sempre bom, né? Ajuda a dar confiança – disse o jogador, admitindo não saber quantos gols já marcou na carreira.

Motivação

Além da habilidade com a perna esquerda, há outro motivo para explicar a boa fase de Chiquinho no Inter-SM. Basta olhar para o meia durante os treinos ou nos jogos oficiais para perceber a felicidade com que ele entra em campo. Seja para bater uma bolinha com os companheiros de time ou para decidir um campeonato.

– Ele é um jogador identificado com a torcida e que está muito confiante. Isso faz toda a diferença – afirma o técnico do Inter-SM, Paulo Porto, que também comandou o meia Chiquinho no Brasil-Pe durante o Gauchão de 2006.