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 | 11/12/2007 21h50min

Tragédia na Fonte Nova faz o Bahia perder mando de campo

Queda de parte da arquibancada vitimou sete torcedores no dia 25 de novembro

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) havia prometido punições ao Bahia pela tragédia no Estádio Fonte Nova e, de fato, o Tribunal não poupou o Tricolor baiano pelo desabamento de um pedaço das arquibancadas, em um acidente que acabou causando a morte de sete pessoas. Na noite desta terça, levado a julgamento pelos fatos, o clube acabou punido em R$ 80 mil em multas, além de ser obrigado a jogar sete partidas com portões fechados.

O incidente ocorreu no empate em 0 a 0 entre Bahia e Vila Nova-GO, em 25 de novembro, que acabou selando o retorno do Tricolor à Série B. Responsabilizado pela tragédia devido a superlotação do estádio, o clube acabou enquadrado nos artigos 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização) e 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto).

Pelo 211, o Tribunal acabou absorvendo também o artigo 232 (deixar de cumprir obrigação assumida em qualquer documento referente às atividades desportivas, observada a competência da Justiça Desportiva prevista em lei), determinando uma punição de R$ 10 mil. Por descumprimento do artigo 213, os auditores da Segunda Comissão Disciplinar aumentaram mais uma multa de R$ 70 mil – poderia chegar a R$ 200 mil -, além de tirar o mando tricolor por sete jogos, provavelmente a serem cumpridos na Série B.

Com o anúncio da demolição da Fonte Nova pelo governo da Bahia, o clube deverá mandar seus jogos em Camaçari, cuja capacidade do estádio local é de apenas 10 mil pessoas. O advogado do clube anunciou que vai recorrer da sentença no Pleno do STJD.

Na esfera da Justiça Comum, a ação movida pela Procuradoria da Bahia contra a Sudesb (Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia), gestora da Fonte Nova, ainda não foi homologada. Segundo o jornal A Tarde, as testemunhas intimadas a depor faltaram, atrasando e complicando o processo para pagamento de indenização às vítimas do acidente.

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