Os pedidos pela presença do goleiro Rogério Ceni na Seleção Brasileira já começaram na tarde desta terça, no último treino antes da partida do Uruguai, no Morumbi. Um grupo de torcedores localizado no setor de cativas azuis, local destinado aos sócios do São Paulo, gritou o nome do capitão tricolor. Pouco depois, dois policiais foram às arquibancadas para reprimi-los.

– O chefe de segurança da Confederação Brasileira de Futebol pediu para que os torcedores não gritem para não atrapalhar o treino – justificou o tenente Melo.

Nesta semana, o próprio goleiro havia pedido que a torcida não gritasse seu nome no Morumbi. Mesmo assim, os torcedores se mostraram revoltados com a ordem da CBF.

– Nosso protesto é sadio. Eu trouxe meus três filhos para assistir ao treino. Não fizemos nada demais, apenas pedimos o Rogério – protestou Carlos Eduardo Pinto, que disse ter sido ameaçado. – O policial me chamou de irresponsável. Ainda por cima, disse que ia me levar para a delegacia – acusou.

Além do nome de Rogério, os são-paulinos também lembraram de outros jogadores que passaram pelo clube com sucesso. São os casos dos volantes Josué e Mineiro, do meia Kaká e do atacante Luís Fabiano.