Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Na segunda quinzena de novembro, o Conselho Deliberativo irá aprovar a proposta vencedora para a construção da futura arena do Grêmio. Disputam a obra o grupo português TBZ, que assinou ontem contrato para gerir a marca do Real Madrid, e uma construtora brasileira. O custo previsto é de R$ 400 milhões, sem participação do clube.

O gasto final será bem menor caso a arena seja construída na Azenha, aproveitando a estrutura do Olímpico. Trata-se, no entanto, de uma hipótese remota. A futura casa do Grêmio ficará localizada mesmo no Bairro Humaitá, zona norte da Capital.

– Não podemos correr o risco de demolir o Olímpico e esperar três anos até que a arena fique pronta – explica o vice de planejamento, Eduardo Antonini.

Mesmo que a Fifa tenha escolhido o Beira-Rio como um dos estádios da Copa de 2014, caso Porto Alegre seja eleita uma das cidades-sede, Antonini confia na mudança de opinião a partir da conclusão da arena.

Eleito na segunda-feira novo presidente do Conselho Deliberativo, Raul Régis de Freitas Lima conhecerá hoje os dois projetos, em encontro com o presidente Paulo Odone e Antonini.

Terça-feira, em visita a Odone, Régis garantiu que sua eleição para a presidência não irá implicar em qualquer entrave para a obra. Na reunião, realizada na Assembléia Legislativa, lembrou que todas as comissões do Conselho deram parecer favorável ao projeto.

Reafirmou o discurso da vitória, em que prometeu "somar, e não dividir". Apesar disso, deixa claro que a decisão final será dos conselheiros.

– É pacífico que a maioria do Conselho quer um estádio mais moderno. Mas também é pacífico que todos querem um debate bastante amplo. A decisão soberana será do Conselho – afirma Régis.

Régis se compromete a agilizar o processo de criação da Grêmio Empreendimentos, sociedade anônima que coordenará o projeto. A partir de janeiro de 2008, Odone se desvinculará da presidência do clube, assumindo a empresa.

LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZERO HORA