| 28/10/2007 17h57min
Um jogo com um placar elástico que trouxe novamente à cabeça da torcida todos ingredientes de dramaticidade que marcaram os confrontos com o Náutico, em 2005. Mas o Grêmio venceu por 4 a 3 e, com o resultado, somou os três pontos necessários para se manter na briga por uma vaga na zona da Libertadores. O Tricolor foi a 54 pontos, mas segue em quinto na tabela – apenas um atrás do vice-lider Santos.
O time de Mano Menezes chegou à vitória com gols de Tuta, Diego Souza e outros dois de Marcel. Quem saiu em vantagem, contudo, foi o Náutico.
A reedição de um duelo que se tornou clássico desde 2005, no quadrangular final da Série B, começou eletrizante no Olímpico, com os pernambucanos abrindo o placar do Gre-Nau muito cedo. Numa cobrança de escanteio, o perigoso centroavante Acosta puxou a marcação e deixou o zagueiro Onildo livre para cabecear forte aos 7 minutos.
A reação foi rápida, na raça. Tuta venceu a disputa de corpo com o marcador, avançou pela meia-direita e tentou o cruzamento, pois ainda olhou para dentro da área procurando os companheiros. Mas o centroavante acabou marcando um belíssimo gol aos 11 minutos. O chute saiu por cobertura, sem chances para o goleiro Fabiano. Questionado pela Rádio Gaúcha, se queria cruzar ou finalizar, Tuta respondeu em outras palavras:
– O importante é o gol – resumiu, admitindo que a intenção era mesmo de cruzar.
O Grêmio seguiu na pressão. Afoitos, Diego Souza e Anderson Pico chegaram irritar o técnico Mano Menezes, seja com o preciosismo ou com passes errados. Porém, o gol da virada tricolor veio aos 22, em um lance de bola parada. Tcheco alçou na área, Diego Souza completou de cabeça e acertou o travessão. Na sobra, Marcel empurrou a bola de cabeça para dentro do gol. Depois de perder o gol, o mesmo Diego Souza aproveitou o cruzamento de Tcheco para fazer o terceiro do Grêmio aos 42 minutos.
Apesar do placar, o Náutico ainda mostrou que estava vivo na partida. No reinício de jogo, Acosta invadiu livre e bateu na saída de Saja aos 43. Quem queria um pouco menos de emoção na etapa final, não foi atendido. No primeiro minuto, o uruguaio Acosta deixou Júlio César na cara do gol. E ele fez o crime, sem dó: 3 a 3.
A partir daí, pressão pra cima do Náutico e muitos gols perdidos, com Marcel e Tuta, principalmente. Mano Menezes optou por sacar Tuta para a entrada de Jonas. A substituição foi parcialmente vaiada, pois a torcida entendia que camisa 9 estava melhor que Marcel no jogo.
Depois, Anderson Pico deu lugar a Luciano Marreta, e o Grêmio foi ainda mais ofensivo. O gol da vitória só veio depois de muita insistência. Marreta cruzou da direita, e Marcel se antecipou ao goleiro para o cabeceio certeiro, decretando o placar final de 4 a 3 aos 25 do segundo tempo.
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