| 23/10/2007 12h57min
A bancada do PSDB no Senado se reúne no início da tarde de hoje para fechar uma posição conjunta dos 13 senadores na votação da proposta que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A tática de pressionar o governo para forçar uma negociação que reduza a carga tributária em troca do voto favorável à CPMF foi decidida na sexta-feira, em encontro da cúpula do partido com os governadores tucanos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves.
— Se o governo não apresentar uma proposta sólida e de impacto, no sentido da redução da carga tributária, o partido votará contra a (prorrogação da) CPMF. Vou radicalizar e propor isto na reunião — avisa o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
Ele informou que a reunião ocorre no gabinete do presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati (CE).
O aceno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorizando seus interlocutores a abrirem negociação
em torno da redução da alíquota da
CPMF a partir de 2008 e da isenção para quem tem uma única conta bancária e movimenta até R$ 1,7 mil mensais, não sensibilizou o PSDB.
— Essa conversa boba de isenção, que não passa de populismo eleitoral, nós não aceitamos — antecipa Sérgio Guerra.
Ele admite que a proposta pode ser útil ao governo, para unir a base e dar discurso aos aliados, mas adverte:
— Pode servir para juntar os deles. Para juntar a oposição em favor da emenda tem que ser uma proposta mais relevante, e aquilo não tem relevância nenhuma.
Guerra se diz convencido de que o PSDB foi o partido que melhor cumpriu seu papel até agora.
— Nossa conduta de abrir negociação com o governo está sendo muito correta, muito equilibrada para um partido que se propõe a ser opção de governo e que honra seus compromissos.
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