| 22/09/2007 21h19min
O técnico do Grêmio, Mano Menezes, exaltou a capacidade de superação dos jogadores na vitória por 1 a 0 sobre o Santos, neste sábado no Estádio Olímpico. Questionado sobre os efeitos das alterações táticas que realizou no intervalo da partida, o treinador preferiu distribuir aos jogadores os méritos do resultado positivo.
– Ganhamos como um todo, na capacidade de recuperação dos jogadores – porque nós mexemos no ataque todo –, numa boa atuação defensiva, eu diria, muito boa no segundo tempo – disse o treinador. – Mexemos um pouquinho no intervalo porque nosso posicionamento estava muito bom para o Santos, principalmente na nossa parte ofensiva – acrescentou.
Mano também falou sobre o revezamento dos jogadores nas cobranças de falta. Depois do gol do colombiano Bustos sobre o Vasco, desta vez Marcel foi às redes aproveitando-se de uma bola parada. Para o técnico, é uma forma de evitar desgaste e intimidar o adversário, mostrando que o Grêmio tem bons cobradores.
– É sempre muito difícil recair sobre só um jogador, eu diria desgastante fisicamente, bater todos os escanteios e todas as bolas laterais. É bom ter variação. O Marcel é um jogador que pega firme na bola de média distância e estávamos com essa necessidade na equipe ao longo dos últimos meses. Fico feliz que a equipe começa a aproveitar as faltas, e isso intimida muito ao adversário a cometê-las no futuro, deixando mais espaços para criarmos as jogadas – explicou o treinador.
O técnico santista, Vanderlei Luxemburgo, surpreendeu ao colocar o lateral Kléber no meio-campo, com Carlinhos assumindo o lado esquerdo. Mano Menezes disse que a improvisação fez com que o Santos ficasse mais perigoso, pois o atleta ficava mais perto da bola.
– Kléber é um jogador de porte técnico superior ao Carlinhos, isso não se discute – elogiou Mano. – É um jogador que, toda vez que pega na bola, faz alguma coisa diferente com qualidade. Essa é a dificuldade maior. Quando ele está na lateral, está mais longe do gol. Quando está no meio-campo, geralmente está mais perto. Então temos de cuidar mais – acrescentou.
Em relação ao jogo diante do Juventude, no próximo final de semana em Caxias do Sul, Mano evitou o clima de "já ganhou". Questionado sobre o retrospecto histórico favorável diante do rival caxiense, o treinador ressaltou que o Grêmio não se sente favorito diante de nenhum adversário.
– Talvez o Grêmio venha conseguindo os resultados positivos sobre o Juventude exatamente por esse respeito. Por nunca acreditar nessa história porque é uma história, não faz parte deste mundo – disse Mano.
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