| 18/09/2007 18h37min
O técnico Abel Braga disse hoje que o Inter carrega o peso dos títulos do ano passado. Questionado sobre a má fase do Inter em 2007, em sua entrevista coletiva, disse que acredita na melhora do time por causa da categoria e da capacidade dos jogadores coletivamente, porque a coletividade "é sempre mais importante que as individualidades".
— O Inter carrega um peso, que é o das conquistas da Libertadores e do Mundial. Esse ano ainda teve perna para buscar uma Recopa. Agora temos andado em um caminho muito espinhoso. Temos que procurar uns caminhos mais macios, mais flexíveis. Isso só se consegue com vitórias. Vitórias dão confiança, confiança dá discernimento. É por esse caminho que a gente deve seguir — ensina.
O comandante colorado não aceitou contestações ao desempenho de Índio e fez rasgados elogios ao zagueiro:
— Quando alguém me diz "cuidado, tal jogador é muito rápido", eu nem me preocupo. Não existe nesse país zagueiro mais rápido que o
Índio. É quase que o meu ídolo, pela
maneira abnegada como se entrega, independente de jogar bem ou mal. Caiu um pouquinho desde o Mundial, mas todo o time caiu.
Para o treinador, o Gre-Nal foi um jogo "muito feio":
— Domingo foi amargo. Muito ruim, muito desagradável. Eu não queria falar mais sobre domingo, mas vou dizer, o clássico foi muito feio. Aquele que nós vencemos com um gol do Iarley (e não falo isso porque ganhamos) teve mais emoções, mais beleza plástica nas jogadas.
Abel admitiu, no entanto, que o Inter tem um bom grupo, mas ainda não um bom time. Ele elogiou o clube e garante que não jogou a toalha:
— Perguntei para os jogadores se eles se informaram sobre o Inter antes de virem para cá. É um clube muito sério, honrado. E tem um critério muito grande para contratar. Claro que às vezes se erra, mas a maioria são jogadores de peso. Com esse grupo, não dá para olhar para baixo.
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