| 24/08/2007 19h12min
O zagueiro Marcão se pronunciou pela primeira vez na tarde desta sexta-feira sobre o caso de doping, registrado na partida entre Juventude e Inter, pela 13ª rodada do Brasileirão. O jogador pediu desculpas para a torcida pelo episódio, mas se disse com a consciência tranqüila.
– Estou muito chateado porque nunca imaginei que ia ser pego no antidoping. A situação me abalou. Mas estou com a consciência tranqüila. Não fiz nada de ma fé – afirma o zagueiro.
Marcão revelou que não havia se pronunciado antes para se preservar. O zagueiro também disse que utiliza a substância finasterida há cinco anos e que sempre declarou nos exames antidoping que tomava o conteúdo.
– Uso essa substancia há cinco anos. Sempre relatei no doping por documentação. Sempre me policio nos remédios. Cai no antidoping em 2005 e neste ano pelo atlético-PR e não havia acusado nada – revela.
Para Marcão, o seu maior erro nesse caso foi o de não ter avisado o departamento médico colorado de que utilizada a substância.
– Meu maior erro foi não ter comunicado aos médicos. Sempre usei e por isso nem me preocupei em comunicar – conta.
Finasterida é uma substância é proveniente de um medicamento contra queda de cabelos, cujo efeito colateral é a redução da taxa de testosterona no organismo. Não é considerada dopante.
Há dois anos a finasterida foi incluída na lista de substâncias proibidas não por dopar, mas por ter o poder de mascarar outro elemento ilícito que o atleta possa vir a fazer uso.
– Acreditamos que o STJD vai entender que não é um caso de doping – afirma o vice jurídico do clube, Luís Antônio Lopes.
Em caso de condenação, Marcão pode pegar uma punição de 120 a 360 dias de afastamento do futebol profissional.
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