| 07/07/2007 23h42min
O Brasil conseguiu convencer. Goleou o Chile por 6 a 1 na noite deste sábado em Puerto La Cruz, pelas quartas-de-final da Copa América da Venezuela. A vitória significou mais do que a classificação para as semi, diante do Uruguai. Foi a primeira atuação convincente do time do técnico Dunga na competição.
Parecia que o Brasil estava entrando em campo pela primeira vez. Em especial, por duas novidades: Maicon e Júlio Baptista. O primeiro voltava ao time após sofrer lesão diante do mesmo Chile, pela fase classificatória. Teve grande atuação, avançando para o ataque e levando perigo nos cruzamentos. O segundo ainda não havia atuado como titular. Caiu como uma luva no meio-campo brasileiro, sendo o principal armador da equipe.
Vágner Love, também pareceu ter entrado em campo pela primeira vez. O centroavante driblou, finalizou e participou das jogadas da equipe como ainda não havia feito em território venezuelano. Ao seu lado estava Robinho, o mesmo que já vinha encantando. Sem precisar carregar o time nas costas, ele rendeu ainda mais.
Soma-se a estes destaques individuais a presença de Dunga no banco de reservas brasileiro. O que se tem é um Brasil com atitude, brigando por todas as bolas, com troca de passes refinados e realizando grandes jogadas.
O adversário, no entanto, não estava entre os mais qualificados da competição. Já havia levado 3 a 0 de uma Seleção inferior à que esteve em campo. E ainda veio desfalcada, e abalada por um escândalo extra-campo que teria acontecido na concentração. Mas foi atrevido. O lateral-direito Ormeño e o atacante Suazo levaram perigo para a defesa brasileira em alguns momentos.
Dominando desde os primeiros minutos, o Brasil saiu na frente com Juan, logo aos 15 minutos. Parecia jogada ensaiada em cobrança de escanteio. De cabeça, Júlio Baptista colocou a bola exatamente no lugar onde, de trás, surgiu Juan, para cabecear e abrir a porteira chilena. O segundo veio seis minutos depois. Maicon roubou uma bola no campo de ataque e tocou para Vagner Love, que rolou para Julio Baptista chutar e ampliar.
E os gols iam saindo, de cinco em cinco minutos. Aos 26, Robinho dominou a bola na entrada da área para chutar rasteiro e forte, anotando o terceiro. Com esse placar, terminou o primeiro tempo.
Na etapa final, a Seleção relaxou. O Chile melhorou com a entrada do palmeirense Valdívia. Mas isso depois de Robinho ir às redes pela segunda vez, logo aos quatro minutos. Após cruzamento pela esquerda de Gilberto Silva, Vágner Love tentou concluir de carrinho, mas acabou deixando a bola passar. Robinho não. Ele só teve o trabalho de tocar para dentro do gol.
Os chilenos reagiam, tentavam buscar o gol de honra, mas o Brasil acabou ampliando aos 22. Ao pegar rebote do centroavante Afonso, que substituía Robinho, o volante Josué deixou o seu. Sete minutos mais tarde, o esforço chileno foi premiado. E que golaço. De dentro da área, o atacante Suazo chutou bem embaixo da bola. Ela subiu, e, devagarzinho, encobriu o goleiro Doni.
Justiça foi feita aos 37. Vagner Love, que merecia o seu gol, recebeu a bola na área, driblou o zagueiro Fuentes e chutou rasteiro, fechando o placar.
Felipe Truda
felipe.truda@rbsonline.com.br
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