| 26/06/2007 06h10min
Após a derrota nos pênaltis para o “time B” da Seleção Brasileira na decisão da Copa América de 2004, a Argentina chega à edição deste ano, na Venezuela, com uma equipe forte, disposta a quebrar um jejum de títulos que já dura cinco edições e, sobretudo, com sede de vingança. O pensamento do grupo é um só: vencer.
– É o torneio mais importante que temos pela frente e a Argentina tentará conquistá-lo – afirmou o técnico Alfio Basile, campeão das edições de 1991, no Chile, e 1993, no Equador, em sua primeira passagem pela seleção albiceleste.
A Argentina, porém, não voltou a vencer a competição entre países mais antiga do mundo do futebol desde então. Como a vez que chegou mais perto de uma nova conquista foi justamente contra o Brasil, muitos jogadores do elenco querem encontrar os rivais na decisão e se vingar daquela derrota.
Para garantir seus objetivos, Basile leva à Venezuela um grupo que mistura dois tipos de jogadores. O
primeiro, mais experiente, conta com
atletas que superaram os 30 anos, como o lateral Zanetti (Inter de Milão), do zagueiro Ayala (Valencia) e do volante Sebastián Verón, que voltou ao futebol argentino após muito tempo na Europa e agora joga no Estudiantes.
Já o segundo grupo reúne os grandes craques da nova geração do futebol do país, como Lionel Messi (Barcelona), o ex-corintiano Carlos Tevez (West Ham) e o volante Fernando Gago, apontado como o sucessor do ídolo e xará Fernando Redondo no Real Madrid e na seleção do país. E é justamente nos pés deles que estão depositadas as esperanças dos argentinos.
Outro ingrediente que promete melhorar a qualidade de jogo da Argentina é a volta do meia Riquelme, destaque do Boca Juniors na conquista do título da Libertadores sobre o Grêmio. Ele tinha renunciado à seleção em 2006 devido às muitas críticas da imprensa argentina por seu fraco rendimento na Copa do Mundo da Alemanha, que estariam afetando até a saúde de sua mãe.
Basile quer aliar o talento dos mais
novos com a vontade dos mais velhos, que desejam encerrar seus ciclos pela seleção com um título por saberem que não terão condições de competir na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Fora de campo, o treinador é um técnico respeitado não só por sua carreira vitoriosa – suas conquistas mais recentes à frente do próprio Boca Juniors que o levaram de volta à seleção, em 2006 –, mas pelo estilo de futebol que tenta impor em suas equipes.
Messi e Tevez não estão na seleção só porque são astros de suas equipes, e sim por serem jogadores criativos, imprevisíveis e que podem decidir uma partida complicada com um lance genial, características que agradam muito ao técnico.
– Gosto de ver como estes jovens jogam e ninguém vai me dizer que tenho de deixar isso de lado para buscar o melhor resultado. Se o futebol fosse apenas isso, já teria me aposentado há alguns anos – afirmou o treinador.
Basile teve jogadores de
sobra para formar a equipe. Inclusive, ele se
deu ao luxo de não levar nomes como o atacante Javier Saviola, com um pé fora do Barcelona, e o meia Pablo Ledesma, também importante na campanha do Boca na Libertadores.
A Argentina estréia na Copa América no dia 28, contra os Estados Unidos, na cidade de Maracaibo. Os outros adversários da albiceleste no Grupo C da competição serão a Colômbia (dia 2 de julho), e o Paraguai (dia 5 de julho), na cidde de Barquisimeto.
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