| 14/06/2007 22h06min
Médicos de Bolívia, Colômbia e Equador denunciaram nesta quinta supostos atos discriminatórios na reunião prévia do Comitê Executivo da Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF), que sexta-feira debaterá em Assunção o veto da Fifa à disputa de jogos internacionais a mais de 2,5 mil metros de altura. As informações são do site GloboEsporte.com.
O boliviano Enrique Vargas Pacheco, que chegou a Assunção convidado pela Federação Boliviana de Futebol, afirmou que os especialistas destes países foram expulsos da reunião da Comissão Médica da Confederação, que é presidida pelo argentino Raúl Madeiro.
Fontes da CSF explicaram que na sessão da Comissão, que precede a reunião da comissão, só podem participam os membros ou representantes oficiais das dez associações nacionais filiadas.
Vargas Pacheco afirmou aos jornalistas que esperavam apresentar aos médicos da CSF os resultados de uma pesquisa realizada sobre o que acontece com os jogadores que jogam na altitude.
Já o equatoriano Tyrone Flores, presidente da Confederação Sul-Americana de Medicina do Esporte e convidado da Federação Equatoriana de Futebol, disse que na altitude os jogadores não adoecem.
– Fui convidado pela Federação Equatoriana para apresentar um estudo e derrubar este veto, que nos está prejudicando. Hoje é o futebol, mas amanhã pode ser outro esporte – declarou Flores, que afirmou que o futebol é um dos 42 esportes praticados na América do Sul.
Flores e Vargas Pacheco tentaram participar da reunião junto com Juan Carlos Quiceño, presidente da Associação de Medicina Esportiva da Colômbia.
A reunião da Comissão Médica da CSF foi aberta pelo presidente da entidade, Nicolás Leoz, que afirmou que a "capacidade" de seus membros poderá contribuir para "encontrar a solução mais conveniente para todos", diz um comunicado do organismo.
O texto diz que na reunião conta com a participação dos médicos José Luiz Runco, do Brasil, Ivo Eterovic, da Bolívia, Alejandro Gómez, da Colômbia, Patrício Maldonado, do Equador, Osvaldo Pangrazio, do Paraguai, Carlos Bazán, do Peru, Edgardo Barbosa, do Uruguai e Giagni Mazzoca, da Venezuela.
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