| 17/01/2007 21h25min
Uma das maiores promessas a surgir no Beira-Rio nos últimos anos, o atacante Alexandre Pato por pouco não foi obrigado a desistir da carreira de jogador de futebol. Em entrevista exclusiva ao repórter Eduardo Gabardo, da Rádio Gaúcha, o jogador revelou ter superado um tumor ósseo no ombro durante a infância.
– Com 10 anos, eu quebrei o braço e, no Raio X, os médicos viram que tinha um tumor no ombro. Ficamos apavorados. Se demorasse mais dois meses, viraria câncer – revelou Pato, na concentração da seleção brasileira sub-20, em Assunção, no Paraguai.
Sem dinheiro para bancar a operação, a família do jogador em Pato Branco (PR) procurou a ajuda de parentes e amigos. Por sorte, o ortopedista Paulo Roberto Mussi, amigo da família, se dispôs a fazer a cirurgia praticamente de graça.
– Até hoje procuro manter contato com o doutor Paulo Roberto. Agradeço muito a ele e ao homem lá de cima – disse o jogador, com a voz embargada.
Três meses depois, Pato já estava praticamente recuperado, mas ainda precisava se submeter a exames de Raio X periodicamente para ver se o tumor não havia voltado. Em um desses exames, os médicos constataram a necessidade de fazer uma infiltração no ombro do jogador, mas não passou de um novo susto.
– Fiquei com medo, mas nunca desisti. Mesmo com o braço engessado, eu colocava uma camisa de manga cumprida e ia jogar. Tento nem lembrar disso. Às vezes, minha mãe lembra, me fala e a gente chora – contou o jogador.
No ano seguinte, em 2001, Pato desembarcou sozinho em Porto Alegre para participar de um peneirão do Inter. Então com 11 anos, o jogador agradou tanto os técnicos que os dirigentes colorados decidiram apostar em seu futuro. Hoje, seis anos depois, ele já é considerado um dos melhores jogadores em atividade no país.
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