| 24/10/2005 19h12min
O árbitro da partida entre Juventude e Inter, Alício Penna Júnior, relatou na súmula do jogo que a torcida do time caxiense, localizada nas gerais do Estádio Alfredo Jaconi, imitava um macaco cada vez que o jogador colorado Tinga tocava na bola. Também constava no documento que a torcida do Inter arremessou uma lata de bebida e dois rádios para dentro do gramado.
Segundo o procurador do STJD Paulo Schimitt, tão logo a denúncia chegue ao Tribunal, será encaminhada aos procuradores de primeira instância. Eles devem enquadrar os atos de racismo nos termos do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala especificamente do comportamento dos torcedores dentro do estádio. A pena vai de R$ 50 mil até R$ 500 mil, com a perda de mando de campo de um a três jogos.
– Eu acho que todo árbitro deve relatar comportamento dos torcedores nesta linha, para evitar que isto se torne comum nos jogos realizados no Brasil – falou Paulo Schimitt, que garante que ainda esta semana deve ser efetivada a denúncia contra o time alviverde.
O fato da torcida do Inter ter atirado os objetos para dentro do campo de jogo não deve acarretar nenhum prejuízo para o time da capital. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva não prevê nenhuma punição para casos em que a torcida do time visitante comete atos de vandalismo.
O presidente do Juventude, Walter Dal Zotto Jr., lamentou o ocorrido e garantiu que medidas serão tomadas futuramente.
– Lamento que tenha ocorrido, mas foi apenas em uma oportunidade no jogo que isto aconteceu. Pedimos imediatamente que fosse comunicado nos auto-falantes do estádio para que a torcida parasse. Estamos providenciando cartazes contra o racismo para que os jogadores entrem em campo contra o Flamengo – disse o dirigente.
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