| 08/08/2005 18h18min
O retorno de Zinedine Zidane à seleção francesa está relacionado a uma visão, depois de o jogador ter dito que se encontrou com uma pessoa que teria vindo de longe – cuja identidade não foi revelada – durante a madrugada.
– O que acontece comigo de fato é muito místico e me foge um pouco. É inclusive irracional – declarou Zidane à revista France Football.
Quando perguntado sobre seu retorno à seleção francesa, após ter renunciado a essa condição há um ano, o meia explicou:
– Uma noite acordei repentinamente às 3h da madrugada e falei com alguém. Até meu último suspiro, não direi com quem. É muito forte. Essa pessoa existe, e vem de muito longe – relatou. – Tive uma espécie de revelação e tive vontade de voltar às origens, ao meu início no futebol profissional, quando não era ninguém e estava tranqüilo aprendendo meu ofício – completou.
O jogador do Real Madrid afirma que nunca havia sentido nada parecido. Zidane admite que nesses últimos meses havia perdido parte do seu futebol.
– É sério. Às vezes não me reconhecia, e por isso quando digo que volto à seleção francesa não é para acertar problemas pessoais, mas simplesmente por uma grande vontade de reviver o que conheci – disse.
O meia anunciou ainda que seus contatos com a imprensa serão reduzidos ao mínimo exigido pelo Real Madrid ou pela seleção francesa, assim como suas ações publicitárias. Zidane não prevê um limite de tempo para se aposentar da seleção francesa, e simplesmente afirma que tomará essa decisão no final de sua carreira como atleta profissional.
– Tenho contrato com o Real Madrid até 2007 – adianta.
De qualquer forma, o meia ressalta que caso a França se classifique para a Copa da Alemanha, ele disputará essa competição pela terceira vez. E nega ainda ter retornado à seleção após ter recebido pressões por parte de patrocinadores e do próprio presidente francês, Jacques Chirac, como publicou parte da imprensa.
Zidane garante que não impôs condições para voltar a defender a França. Embora tenha ratificado a importância de ter na equipe os melhores jogadores possíveis.
– Isso passa pelo retorno de Claude Makelele, que é brilhante no Chelsea, e de Lilian Thuram, que segue sendo um zagueiro excepcional na Juventus. Mas isso para mim não são condições, são evidências – comenta de forma irônica o meia do Real, que será o capitão da seleção de seu país no próximo dia 17 no amistoso contra Costa do Marfim.
As informações são da Agência EFE.
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