| 09/12/2001 21h35min
Todo-poderoso do futebol do Inter na gestão Fernando Miranda, o coordenador técnico João Paulo Medina se despediu do clube na semana passada. Neste sábado, dia 8, o candidato da situação, Felipe de Oliveira, confirmou que Medina não trabalhará no Inter caso ele vença a eleição. Como o candidato da oposição, Fernando Carvalho, antecipou-se dizendo que pensa em outro nome para coordenar o futebol, a dispensa do jogadores para férias na quarta-feira marcou o final da Era Medina no Inter.
Mesmo com um trabalho baseado em métodos considerados científicos, Medina padeceu com uma saraivada de críticas. O coordenador é acusado de centralizar decisões no futebol, o que só aumentou sua responsabilidade pelos maus resultados em campo. As críticas desabaram sobre ele a ponto de a direção decidir preservá-lo. Em meados deste ano, aconselhou-o a evitar as entrevistas e a trabalhar em silêncio. A exposição na mídia acabou tornando-o alvo até dos torcedores, que cantavam sua saída no portão 8 a cada fracasso.
Além de esboçar a formatação de suas diretorias, os candidatos aproveitaram o fim de semana para encontrar os associados. Carvalho passou a manhã e boa parte da tarde deste domingo no corpo-a-corpo com os colorados na Usina do Gasômetro e em parques da cidade. Felipe utilizou o telefone como meio para chegar ao associado, aproveitando o domingo para concentrar o trabalho no seu comitê. Com um colégio eleitoral de 8.348 votantes, a eleição presidencial ganhou amplitude de eleição municipal. Também neste domingo, um avião com uma faixa contra o presidente Fernando Miranda cruzou os céus da Capital. Pela manhã, a faixa dizia "Adeus, Miranda". À tarde, nova mensagem: "Fora, Miranda". Carvalho repudiou a manifestação e jurou não ter partido do seu comitê a contratação do avião.
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