| 25/04/2005 10h39min
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, envolveu-se em uma nova disputa política ao não comparecer a uma celebração do 60º aniversário da liberação do país do domínio nazista. Nesta segunda, dia 25, Berlusconi deixou de ir a um comício em Milão que relembraria a Segunda Guerra Mundial e a queda do ditador Benito Mussolini.
O líder oposicionista Romano Prodi acusou Berlusconi e os aliados de sua coalizão de centro-direita de buscar "diluir a memória e os valores da luta da Itália contra o fascismo". Um porta-voz do partido Força Itália, de Berlusconi, respondeu afirmando que Prodi, ex-presidente da Comissão Européia, "está somente interessado em dividir o país".
A guerra verbal enfatizou a intensa rivalidade entre Berlusconi e o ex-primeiro-ministro Prodi antes das eleições gerais programadas para o ano que vem. A disputa sobre o passado belicoso da Itália expôs uma das fendas que separam a direita e a esquerda no cenário político italiano.
Berlusconi e Prodi compareceram a uma cerimônia em Roma ao lado do presidente Carlo Azeglio Ciampi. O premiê optou, porém, por não ir com Ciampi a um comício mais tarde em Milão – o ponto alto das comemorações para marcar o fim da ocupação nazista.
No final de semana, Berlusconi formou uma nova coalizão de governo afastando a ameaça de eleições antecipadas e ganhando tempo para revigorar a economia. O primeiro-ministro e seus aliados recentemente sofreram uma forte derrota frente à centro-esquerda em eleições regionais.
As informações são da agência Reuters.
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