O presidente palestino, Yasser Arafat, disse nesta quinta, dia 11, que celebrará o plano de retirada de Israel da Faixa de Gaza somente se ele for um passo em direção à evacuação total das áreas palestinas ocupadas. Arafat disse a legisladores palestinos que a retirada israelense deveria ser coordenada e negociada com a Autoridade Nacional Palestina e realizada como parte do plano de paz apoiado pelos Estados Unidos.

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse que Israel vai desmantelar os assentamentos da Faixa de Gaza dentro de um plano unilateral que ele prometeu realizar caso o plano de paz patrocinado pelos EUA não fosse levado adiante. Ele também manifestou a intenção de remover alguns dos assentamentos isolados na Cisjordânia e marcar uma "linha de segurança" ao redor dos outros, absorvendo partes de terras ocupadas onde os palestinos querem formar um Estado.

– Recebemos com agrado qualquer retirada israelense de qualquer parte de nossa terra, de Gaza à Cisjordânia, para chegarmos à retirada total do exército de ocupação e seus colonos de todos os territórios ocupados – disse Arafat em discurso ao parlamento em Ramallah, na Cisjordânia.

Mas ele acrescentou que a retirada "deve ser concluída através da retomada do diálogo com os israelenses e como parte do plano de paz". Sharon deu indícios de que prefere uma iniciativa unilateral, afirmando que as negociações com os palestinos dão poucas esperanças de encerrar os mais de três anos de conflito. Israel, com apoio dos EUA, isolou Arafat, acusando o líder palestino de fomentar a violência – uma alegação que ele nega.

As informações são da agência Reuters.