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As forças rebeldes atacaram neste domingo, dia 22, a cidade de Cabo Haitiano, a segunda maior do Haiti. A revolta contra o presidente do país, Jean-Bertrand Aristide, aumentou ainda mais após o fracasso de uma missão de paz enviada para acabar como a tensão política na ilha caribenha.
Segundo moradores da cidade de 500 mil habitantes, no norte do país, que até agora havia ficado fora da rebelião que há duas semanas ameaça o presidente, caminhões transportando rebeldes em roupas militares tomaram as ruas. Relatos não confirmados dão conta de que o aeroporto de Cabo Haitiano foi invadido.
– Eu pedi reforço de Porto Príncipe. Eles disseram que estão vindo. Nós estamos esperando – disse o comissário da polícia haitiana, Charles Chily.
Segundo Chily, a informação de que o aeroporto foi incendiado ainda não foi confirmada, apesar de testemunhas terem visto colunas de fumaça naquela região.
Durante a noite os rebeldes armados atacaram uma delegacia de polícia em Poste Cazeaux (20 quilômetros a norte da capital Porto Príncipe), mas as tropas pró-Aristide retomaram o local na manhã de domingo.
O ataque repentino a Cabo Haitiano aconteceu um dia depois de uma missão de paz liderada pelos Estados Unidos fracassar na tentativa de fechar um acordo entre a oposição e Aristide. Autoridades dos EUA, Canadá, França, Organização dos Estados Americanos e Caricom (Comunidade Caribenha) conseguiram, no sábado, fazer Aristide concordar com a escolha de um novo primeiro-ministro por um conselho de "sábios" e a nomeação de um novo gabinete.
Mas, ameaçada de enfrentar uma revolta interna caso permitisse manter Aristide como chefe de Estado, a oposição política composta por empresários, líderes civis, artistas e rivais políticos do presidente rejeitou o acordo. Eles têm até a noite de segunda para dar uma resposta definitiva.
Com informações da agência Reuters.
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