O mercado de câmbio reduziu o nível de estresse na manhã desta quinta, dia 19, e manteve o dólar em leve alta por todo o período. A moeda americana fechou a manhã cotada a R$ 2,946 na compra e R$ 2,948 na venda, com valorização de 0,20%. O cenário político continuou no centro das atenções, mas não trouxe a mesma boataria da véspera. O fluxo cambial positivo amenizou as pressões das tesourarias bancárias, favorecendo uma sessão mais tranqüila.

As denúncias contra Waldomiro Diniz e as ameaças de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) continuam a influenciar os investidores estrangeiros, que se desfazem de títulos da dívida externa brasileira. O C-Bond, principal deles, caía 0,19% no final da manhã, cotado a 95% do seu valor de face. O risco-país brasileiro avançava 1,78%, para 571 pontos-base.

Um dia depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os juros futuros voltaram a subir. A manutenção dos juros básicos da economia em 16,50% ao ano já era esperada e não causou qualquer sobressalto no mercado, apesar das críticas do setor produtivo. A falta de uma explicação para a decisão aumentou a impaciência do mercado, que quer sinalizações para a próxima reunião do Comitê, em março. A aceleração do IPCA-15 (+0,90%) também foi mal recebida.

Nos negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Depósito Interfinanceiro (DI) de julho deste ano está em 15,87% ao ano, contra 15,79% do fechamento de ontem. O DI de janeiro de 2005, o mais negociado, sobe de 15,47% para 15,65% anuais.

Com informações da Globo Online.