Pelo menos 22 pessoas foram mortas e 35 ficaram feridas neste sábado, dia 14, quando dezenas de guerrilheiros anti-Estados Unidos atacaram postos policiais na cidade iraquiana de Falluja libertando ao menos 20 prisioneiros. De acordo com a polícia, um posto policial, um complexo para o Corpo de Defesa Civil do Iraque (ICDC, na sigla em inglês), assim como o gabinete do prefeito foram atacados em uma ação coordenada, deixando 14 policiais, quatro civis e quatro agressores mortos.

O ataque, envolvendo morteiros, metralhadoras e mísseis, assinala uma audácia crescente por parte dos insurgentes na luta contra as forças dos Estados Unidos e iraquianos considerados partidários dos ocupantes.

Na quinta, o chefe do Comando Central das Forças Armadas dos EUA no Oriente Médio, general John Abizaid, escapou por pouco de um ataque contra seu comboio nas instalações da ICDC em Falluja, 50 quilômetros a oeste de Bagdá, região conhecida como "Triângulo Sunita", centro de resistência às forças norte-americanas.

As celas no complexo foram atingidas, permitindo que os prisioneiros fugissem. Um oficial policial iraquiano disse que os guerrilheiros estavam munidos de mais armas que os policiais na estação. Um edifício do governo localizado a centenas de metros foi atacado no mesmo momento.

– Homens desconhecidos dispararam morteiros, explosivos e metralhadoras leves de todas as direções. Suas armas eram mais poderosas que nossos Kalashnikovs – disse o policial Earazan Abu Issa, que estava em frente do posto policial no momento do ataque.

Aviões norte-americanos sobrevoaram o local e soltaram balões aquecidos para desviar mísseis, disseram testemunhas. Guerrilheiros já mataram mais de 600 integrantes das forças de segurança e policiais desde abril, numa tentativa de minar os esforços dos Estados Unidos de preparar os iraquianos para assumir a segurança do país.

A violência mais recente em Falluja ocorreu durante uma das semanas mais sangrentas desde que as forças dos Estados Unidos derrubaram o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein em 9 de abril do ano passado.

As informações são da agência Reuters.