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Adversários e simpatizantes do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, entraram em choque nesta quinta, dia 12, em duas cidades do país após autoridades eleitorais adiarem a decisão sobre a realização de um referendo que pode abreviar o mandato do presidente.
A violência explodiu quando o Conselho Nacional Eleitoral admitiu que não poderia cumprir o prazo, que vence nesta sexta, dia 13, para anunciar se haverá ou não um referendo contra Chávez neste ano. Furiosos, líderes da oposição acusaram algumas autoridades eleitorais de se aliarem a Chávez para deliberadamente retardar o processo de verificação no abaixo-assinado que pede a votação.
As autoridades eleitorais prometeram divulgar até o final de fevereiro se a oposição conseguiu ou não reunir o número necessário de assinaturas válidas para convocar o referendo. Se isso for confirmado, a votação deve acontecer antes de agosto.
Emissoras locais mostraram os dois lados trocando chutes, socos e golpes de bastões na cidade de Valência, no Estado de Carabobo, 160 quilômetros a oeste de Caracas. Em Barcelona, no leste do país, o confronto aconteceu em frente ao escritório da Justiça Eleitoral. Não há informações sobre feridos.
Horas antes, estudantes ligados à oposição entraram em choque com a polícia na cidade de Mérida, que fica na parte andina do país. Várias pessoas foram presas e outras ficaram feridas. A polícias usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para tentar dispersar o grupo.
A oposição diz ter reunido 3,4 milhões de assinaturas pelo referendo em dezembro, bem acima dos 2,4 milhões exigidos pela Constituição, e convocou uma passeata no sábado até a sede do Conselho Nacional Eleitoral, no centro de Caracas, para pressionar por uma definição rápida da questão. Chávez e seus simpatizantes dizem que o abaixo-assinado está repleto de fraudes, mas o presidente diz que vai aceitar qualquer decisão do Conselho Nacional Eleitoral.
Temendo a possível violência, Estados Unidos e Grã-Bretanha alertaram seus cidadãos na Venezuela para se afastarem do centro de Caracas no fim de semana. Com informações da agência Reuters.
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