Do Iraque à Líbia, o mundo deve se transformar em um lugar mais seguro em 2004, mas a tarefa tem de ser executada até o fim, disse o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, em sua mensagem de Ano Novo divulgada nesta quarta dia 31. A captura do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e a promessa da Líbia de se desarmar trouxeram algum alívio para Blair depois de um ano durante o qual sua popularidade despencou, após a participação do país na guerra contra o Iraque ao lado dos Estados Unidos.

Mas o premiê pode ter um começo de ano ruim. O juiz Lorde Hutton deve divulgar um relatório potencialmente crítico ao governo sobre o suicídio do cientista David Kellly, que cortou os pulsos depois de se ver envolvido em uma disputa entre a rede BBC e os dirigentes britânicos em torno do Iraque.

– A decisão de participar da guerra no Iraque foi a mais difícil de todas – afirmou Blair na mensagem de Ano Novo.

Mas o dirigente acrescentou que a captura de Saddam Hussein foi um marco "vital na estrada rumo a um Iraque estável". Em vista dos ataques frequentes contra soldados britânicos no Iraque, responsáveis por alimentar críticas às políticas do governo, Blair fez da perseverança a palavra-chave de suas declarações.

– Em 2004 precisamos continuar com nossa missão. Não haverá nenhum sinal melhor para o Oriente Médio e o mundo do que um Iraque democrático e próspero, no lugar de uma ditadura tirânica e brutal – afirmou o premiê.

De outro lado, a investida diplomática da Grã-Bretanha sobre a Líbia, convencendo o país a se desfazer de suas armas de destruição em massa, produziram alguns elogios para Blair.

– A corajosa decisão da Líbia de livrar-se de suas armas de destruição em massa também fará do mundo um lugar mais seguro. E isso mostra que o problema dessas armas pode, com determinação e boa fé, ser resolvido por meio do diálogo – afirmou.

As informações são da agência Reuters.